Paulo Vieira, candidato oposicionista, na redação do Tudorondonia, acompanhado por Ivonêse Silva, candidata a suplente da Secretaria de Saúde do Sindsef, durante entrevista ao jornalista Rubens Coutinho, editor do site

Porto Velho, Rondônia - Cerca de 18 mil filiados estão aptos a votar, nesta quinta-feira (20), a partir das 8 horas, na eleição do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Rondônia (Sindsef).

Concorrem duas chapas, a de oposição, encabeçada por Paulo Vieira, candidato a presidente, e a da situação, que tem como cabeça o ex-deputado estadual, ex-vice-governador, ex-governador e atual superintendente do Sebrae-Rondônia, Daniel Pereira, que concorre ao Conselho Fiscal mas que comanda a chapa inteira.

Na prática, é como se Daniel Pereira fosse o candidato a presidente. Ele está no comando do sindicato há 15 anos. Mesmo no período em que esteve “afastado” para exercer cargos políticos no Governo do Estado, era ele quem dava as cartas no sindicato.

É este reinado de mais de uma década que a chapa oposicionista deseja encerrar nesta quinta. Para tanto, fez uma campanha focada em propostas e em compromissos com os servidores e não em interesses individuais, políticos e eleitorais.

A eleição começa às 8 horas e vai até às 18 horas, quando então se inicia a apuração dos votos.

Os servidores poderão votar nas urnas instaladas nos seguintes municípios: Porto Velho, Guajará Mirim, Ariquemes, Machadinho, Jaru, Ouro Preto, Presidente Médici, Cacoal, Pimenta Bueno, Espigão do oeste, Vilhena, Colorado, Cerejeiras, Cabixi, Rolim de Moura, Alvorada do Oeste, Costa Marques, Nova Brasilândia e Alta Floresta e mais as urnas itinerantes.

Paulo Vieira, candidato da oposição, alerta que a intenção do ex-governador Daniel Pereira é usar novamente o Sindsef para fazer um trampolim político, já que é pré-candidato do PSB à Prefeitura de Porto Velho neste ano. “Quando Daniel chegou ao sindicato, já vinha de duas derrotas políticas, a deputado estadual e a federal. O sindicato serviu mais a ele do que ele ao sindicato. Tanto que abandonou tudo e foi para o Governo, mas deixando alguém de sua estrita confiança no comando já com a intenção de voltar a mandar na entidade sindical”, diz Paulo Vieira.

NÃO MOVEU UMA PALHA

O candidato oposicionista diz ainda que, quando assumiu o Governo, Daniel foi procurado para que fizesse alguma coisa, dentro da legalidade, para agilizar a concessão da certidão negativa de tempo de serviço solicitada pelo pessoal da área de transporte, mas não moveu uma palha.

Este foi o único pedido feito pelos dirigentes sindicais ao então governador, mas não foi atendido por Daniel Pereira. Esta certidão dura, em média, um ano para ser concedida pelo IPERON, e Daniel Pereira não fez nada para mudar esta situação, diz o sindicalista.