Em Rondônia, indígenas da etnia Cinta Larga iniciam projeto de apicultura
A fundação é um dos parceiros do projeto, garantindo a aquisição de equipamentos e incentivando os grupos de apicultores indígenas das etnias Ofayé e Terena a buscar autonomia na condução da atividade
Foto: Divulgação/Funai
Com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), cinco famílias da etnia Cinta Larga começaram a participar da fase de testes de um projeto de apicultura na aldeia Tenente Marques, Terra Indígena Parque do Aripuanã, em Rondônia. A Funai, por meio da Coordenação Regional (CR) de Cacoal (RO), apoia a iniciativa com cursos de capacitação, aquisição de insumos, implantação das caixas das colmeias, além de transporte e instalação das melgueiras.
O coordenador da CR Cacoal, Sidcley José Sotele, comenta que, mesmo em sua fase inicial, os resultados do projeto já se mostram promissores. “Se considerarmos os indicativos de produção por caixa de abelha e data de instalação de aproximadamente 60 dias, fica evidente a viabilidade para a instalação de mais caixas e o desenvolvimento da atividade de apicultura para complementar a renda familiar dos indígenas”, ressalta Sotele.
Ele observa que a relação dos Cinta Larga com a prática da coleta do mel já ocorria de forma tradicional como fonte de alimento. “Diante do notável entusiasmo dos indígenas com o projeto, vamos aproveitar esse conhecimento ancestral para profissionalizar a atividade produtiva da apicultura nas aldeias. Por isso, iniciamos o projeto na aldeia Tenente Marques com a instalação de 10 caixas de abelhas. Como é um projeto piloto, pretendemos estendê-lo às demais aldeias da etnia Cinta Larga na Terra Indígena Parque do Aripuanã”, afirma.
Outros projetos
No estado do Espírito Santo, 12 aldeias das etnias Tupiniquim e Guarani produziram neste ano um total de 725 quilos de mel, 60 quilos de pólen e 40 quilos de cera foram colhidos pelo projeto de meliponicultura Tupyguá, que teve início em 2012. A iniciativa integra o Plano de Sustentabilidade Tupiniquim e Guarani (PSTG) e tem como representação indígena o Conselho de Caciques das Terras Indígenas de Aracruz. A ação recebe apoio da CR Minas Gerais e Espírito Santo, unidade descentralizada da fundação com sede em Governador Valadares (MG).
A Funai, por meio da Coordenação-Geral de Etnodesenvolvimento (CGEtno) e da CR de Campo Grande, também tem apoiado a apicultura indígena no Mato Grosso do Sul com o projeto “Criando Abelhas, produzindo mel e gerando renda na Aldeia Cabeceira”, elaborado pela Associação de Produtores de Mel da Aldeia Cabeceira (Amelca) em Nioaque (MS). A fundação é um dos parceiros do projeto, garantindo a aquisição de equipamentos e incentivando os grupos de apicultores indígenas das etnias Ofayé e Terena a buscar autonomia na condução da atividade.
A iniciativa busca atingir uma produção de 12 quilos de mel por melgueira ativa por ano – cerca de 3 toneladas anuais, além de obter certificado de produto orgânico para o mel produzido pelos indígenas e para a produção de mel das Terras Indígenas Nioaque, Limão Verde e Ofayé, bem como aumentar a renda dos produtores indígenas e capacitá-los em todas as etapas de produção apícola.
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Comentários
BOM DIA, SOU PROFESSOR NA ESCOLA ESTADUAL ETEREPUIY, ATUO NAS ALDEIAS RIO SECO E CAPIVARA E ESTOU INTERESSADO EM INICIAR O PROJETO DE APICULTURA NAS ALDEIAS, REALISANDO PESQUISAS VI ESTA MATÉRIA E FIQUEI MAIS ANIMADO
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