Escola de Porto Velho dedicada a jovens que estavam fora de sala encerra o primeiro ano com conquistas
A Escola Estadual de Ensino Médio Lydia Johnson de Macedo, localizada no bairro Costa e Silva em Porto Velho, fechou o ano com avaliação positiva dos estudantes e professores e com metas ainda mais desafiadoras, como a implantação do ensino profissionalizante.
Avaliação da Escola Estadual Lydia Johnson por professores e alunos foi positiva
A escola do resgate, da salvação e do impossível completou seis meses e renovou o compromisso com a educação para alunos que não gostam de estudar, que ficaram muito tempo longe das salas de aula e que não têm tempo a perder. A Escola Estadual de Ensino Médio Lydia Johnson de Macedo, localizada no bairro Costa e Silva em Porto Velho, fechou o ano com avaliação positiva dos estudantes e professores e com metas ainda mais desafiadoras, como a implantação do ensino profissionalizante.
Depois de atender os alunos da Escola Brasília, do bairro Pedacinho de Chão, enquanto ocorriam as obras de reforma e ampliação, a Escola Estadual Lydia Johnson de Macedo, por orientação do governador Confúcio Moura, foi destinada a um segmento diferenciado.
“Os professores devem ir de casa em casa, procurar aquele jovem que não quer estudar, o que perdeu o interesse, o que não encontra motivação. É este aluno que queremos agora”, pregou ele nas reuniões que fez com técnicos educacionais.
E assim, as instalações mais modernas entre as escolas públicas do estado foram ocupadas por 200 jovens em agosto deste ano.
As aulas, que ainda estão em andamento, são ministradas em período integral para estudantes de 17 a 22 anos, que ali encontraram novas perspectivas para suas vidas. Todos estão incluídos no programa Bolsa Permanente, que oferece R$ 200 mensais para pequenos gastos.
“Aqui é um lugar de salvação dos jovens. Não vamos focar IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) alto. O que precisamos é salvar a juventude, evitar que siga por um caminho ruim, prejudicial”, disse o governador Confúcio Moura após ouvir dados da pesquisa realizada por técnicos da Sepoad (Superintendência de Estado de Política Sobre Drogas).
O que emerge da pesquisa é uma realidade crua, mas que surpreende pelos pontos positivos. Com pessoas tão jovens e com poucas esperanças, conforme elas mesmas admitiram, a relação de alguns deles com substâncias psicoativas não chegou a surpreender. Mas a resposta da direção da escola foi rápida e certeira para combater o problema.
“Aqui é um lugar de salvação dos jovens. Não vamos focar IDEB alto. O que precisamos é salvar a juventude, evitar que siga por um caminho ruim, prejudicial” – governador Confúcio Moura
Os jovens, em geral, revelaram que gostaram da estrutura e método pedagógico da instituição. Professores concordaram que o relacionamento com estudantes é o melhor possível. Outro ponto positivo é que não há registro de casos de violência.
O diretor Alcy Tavares da Silva testemunhou que o desafio de oferecer um futuro melhor para os alunos é entusiasmante e falou sobre projetos para 2018.
“Nós os levamos para uma palestra no shopping e eles voltaram renovados. Ficou a sensação de que tinham encontrado algo inovador”, relatou ao governador, ao secretário estadual de educação Waldo Alves e à diretora geral da Seduc Angélica Ayres.
O vice-diretor Gustavo Cunha confirmou que as características do alunado são portas que se abrem para oferecer novos e melhores projetos. Há, conforme ele, muitas carências a serem supridas nos jovens e o corpo técnico da escola faz esforços para dar a melhor acolhida.
Avanços mais positivos, entretanto, conforme a psicóloga Vera Lúcia Guedes Monteiro, serão maiores se os alunos forem ouvidos para que digam quais são suas expectativas.
O ensino profissionalizante, segundo ela, é o anseio predominante, o que é compreensível. “Muitos vão completar 18 anos e querem ser independentes, outros não conseguem trabalho e não teê qualificação”, apontou como exemplo.
Depois de ouvir atentamente, o governador Confúcio Moura reforçou a tese de que os alunos pensam é importante para que a proposta da escola seja executada.
Confúcio transmitiu orientações sobre o que pode ser feito para melhorar o aproveitamento escolar. Ele sinalizou que é viável trazer cursos que profissionalizem os alunos e indicou os caminhos a serem seguidos para concretizar as propostas.
“Os jovens que temos aqui são preciosos e temos que atender seus sonhos para que tenham um futuro melhor”, afirmou o governador diante de técnicos da escola e da Seduc.
Confúcio finalizou o encontro reiterando que a Escola Estadual Lydia Johnson de Macedo continuará sendo o caminho natural dos alunos reprovados, das adolescentes que já têm filhos, por exemplo. “Podem ir buscar estas pessoas”, recomendou aos professores.
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