Escolas de lata do Governo de Rondônia apresentam risco iminente de explosão incêndio
Contêineres mantidos principalmente na zona rural do interior do Estado estão sendo usados como salas de aula para crianças, mas são verdadeiras arapucas, inseguras e arriscadas.
Vários contêineres adquiridos pelo Governo de Rondônia para serem utilizados como salas de aulas para crianças do ensino fundamental e médio são verdadeiras arapucas, sem qualquer condição de segurança. Eles apresentam iminente risco de explosão e incêndio, colocando em risco a vida de crianças e professores.
Laudos elaborados pelo Corpo de Bombeiros a partir de fiscalização em diversas destas “escolas” apontam uma série de riscos a que estão sendo submetidos os alunos. A parte elétrica, por exemplo, é que apresenta os maiores perigos.
Faltam sinalização do quadro de distribuição elétrica, sinalização de proibição, sinalização de orientação e salvamento e luminárias de emergência, entre outras irregularidades detectadas nos contêineres , que são consideradas estruturas com risco especial.
As escolas de lata também não possuem projetos de prevenção contra incêndio e pânico e sua estrutura é inadequada, não apresentando, sequer, um extintor, placas de orientação e salvamento.
Em algumas destas escolas, professores e alunos não sabem o risco que estão correndo.
O laudo dos bombeiros em um destes estabelecimentos localizado na Linha P 40 do KM 105 do distrito de Flor da Serra, em Alta Floresta do Oeste, por exemplo, aponta risco de explosão e incêndio no interior dos contêineres, afirmando que o perigo é iminente. Neste local, o laudo dos bombeiros é assustador: as condições geram insegurança com risco à vida.
Esta escola é apenas um dos exemplos, mas em todas elas foram encontrados, praticamente, os mesmos problemas ou até mais graves, sem que o Ministério Público do Estado e o Tribunal de Contas tenham tomado qualquer providência até agora, pelo menos que tenha vindo a público.
Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Adelino Follador (DEM) demonstrou preocupação com a situação das escolas de lata e pediu informações à Secretaria Estadual de Educação. O parlamentar alertou para a possibilidade de ocorrer, em Rondônia, episódio semelhante ao registrado no Centro de Treinamento do Flamengo.
TRAGÉDIA NO NINHO DO URUBU
Em fevereiro deste ano, 10 jovens morreram num incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro. Eles moravam em contêineres semelhantes aos que foram vendidos ao Governo de Rondônia para servirem como salas de aula. O incêndio que matou os jovens atletas flamenguistas começou num ar condicionado e se alastrou rapidamente, provocando a tragédia que comoveu o mundo.
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O maquinário foi abandonado no local e está sujeito aos estragos provocados pelo sol, chuva e ervas daninhas. Pneus e assentos de borracha, por exemplo, já estão danificados.
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A partir daí, qualquer novo corte nos reajustes já autorizados e eventuais cobranças a mais no futuro, só ocorrerão em caso especial: se o governo federal decidir por uma Medida Provisória que determinasse à Energisa comprar energia mais barata das usinas Santo Antônio e Jirau.
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