Febrasgo defende aborto seguro como garantia de saúde para a mulher
“O aborto é um tema urgente.
O representante da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Rosires Pereira de Andrade, afirmou nesta sexta-feira (3), na audiência pública realizada no Supremo Tribunal Federal (STF) para debater descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, que o aborto seguro é um procedimento de saúde da mulher.
“O aborto é um tema urgente. Se considerarmos as 503 mil mulheres que abortaram de maneira clandestina, e possivelmente insegura, apenas em 2015, podemos descrever o aborto como um fato da vida reprodutiva das mulheres e uma necessidade da saúde que precisa ser levado a sério por profissionais e instituições públicas e privadas”, disse. Rosires ressaltou que, apesar do avanço da medicina, não tem havido redução de abortos inseguros e morte materna no país.
Segundo ele, o aborto seguro tem baixo risco para a saúde e reduz a necessidade de acompanhamento médico. “Metade das mulheres que enfrentam aborto ilegal tem de ser internadas. O uso do medicamento indicado reduziria o impacto na saúde pública”, garantiu. Para o representante da Febrasgo, “os embates morais ou religiosos sobre o aborto não podem desobrigar o Estado de garantir o direito à saúde das mulheres, menos ainda levá-lo a criminalizar o cuidado médico no exercício desse dever constitucional”.
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