FLOR DO PIQUIÁ - Escola clama por paz em desfile alusivo ao Dia da Independência

Professores e alunos protestaram contra a morte da mãe de uma aluna da escola.

Fonte: Escola Flor do Piquiá
Publicada em 06 de setembro de 2017 às 16:26
FLOR DO PIQUIÁ - Escola clama por paz em desfile alusivo ao Dia da Independência

Entre 700 a 800 alunos de seis estabelecimentos de ensino da zona leste de Porto Velho participaram do desfile alusivo ao 7 de Setembro — data em que se comemora a Independência do Brasil — antecipado nesta quarta-feira (6), pela Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Flor do Piquiá, localizada no bairro Tiradentes.

Denominada "Marcha da Paz", o evento que deveria reverenciar apenas do fato histórico que culminou com a emancipação político-administrativa da antiga colônia portuguesa, representada no ato simbólico do imperador D. Pedro I, às margens do rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1882, em São Paulo, acabou se transformando em um protesto contra a onda de violência na cidade.

“Este já é um evento tradicional da escola. É o quinto ano que realizamos o desfile cívico. E neste ano, infelizmente, vamos chamar a atenção para essa questão da violência por causa do assassinato de uma mãe de uma aluna nossa, ocorrido há cerca de vinte dias. Vamos fazer uma concentração em frente ao local onde ela morreu”, explicou Mair Passos, diretor da escola.

A mãe mencionada é Rosana Mendes da Silva, de 30 anos, assassinada em agosto com um tiro na cabeça, em frente a uma igreja evangélica e do Sindicato dos Servidores Municipais de Porto Velho (Sindeprof), localizados na rua Milene Costa, próximo à avenida Amazonas, no bairro Tiradentes. Rosana tinha acabado de deixar a filha na escola Flor do Piquiá, por volta das 7h, quando quando foi assassinada. Ela retornava à sua casa para levar a outra filha à escola.

“Esse é um alerta que estamos fazendo para chamar a atenção da população. A onda de violência está muito grande em Porto Velho e não podemos aceitar isso passivamente. É preciso se fazer alguma coisa para mudar esse quadro e a proposta é essa, mostrar que não suportamos mais essa situação e queremos paz”, clamou o diretor.

O secretário Marcos Aurélio, da Educação (Semed), que esteve presente, lamentou que o evento cívico tenho se transformado em um ato de protesto contra a violência na cidade, mas, mesmo com esse viés, para o secretário a iniciativa da direção do estabelecimento de ensino foi parabenizada.

“A Semed deixou as escolas livres para se organizar e realizar seus eventos. Esta é uma atividade que valoriza o sentimento de Pátria. É uma atividade que reforça a ideia de civismo dentro das escolas, valores que fazem parte daquilo que se constrói dentro do processo educacional”, disse.

Participaram da Marcha da Paz os alunos das escolas Darcy Ribeiro, Flor do Piquiá, Maria Carmosina (escola estadual), São Miguel, São José (extensão da escola Nossa Senhora do Amparo), e Piquiazinho (extensão da Flor do Piquiá). A concentração para o desfile, que aconteceu na avenida Raimundo Cantuária, foi em frente à igreja onde a mãe da aluna foi assassinada.

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