Follador denuncia inércia do Governo e possível cartelização dos frigoríficos
Deputado disse que vai propor audiência pública para discutir preço da carne rondoniense
O deputado Adelino Follador (DEM) criticou nesta quinta-feira (21) a inércia do Governo Estadual, que mesmo diante do prejuízo dos pecuaristas e da própria economia do Estado, não se digna a conhecer a situação deste segmento que está sofrendo com a política estabelecida e com a grave denúncia de uma possível cartelização dos frigoríficos instalados no Estado, que asfixia o produtor que é obrigado a negociar a arroba do boi gordo com percentual de até 18%,menor que nas praças de São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Pará.
Para o parlamentar, não possível que o segmento dos frigoríficos que recebem incentivos do Poder Público tenha o prazer de maltratar os produtores, sem levar em consideração os benefícios que recebem do Governo. Ele explicou que, para se ter ideia a maioria dos frigoríficos recebem incentivos do Governo de Rondônia de até 85%,) para venda no mercado interno e, pasmem, recebem também o incentivo de uma alíquota igual a zero de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as exportações para o exterior ou para a Zona Franca de Manaus.
Adelino Follador disse que neste cenário, os frigoríficos estão ganhando muito dinheiro às custas dos pecuaristas rondonienses. “Basta ver que atualmente Rondônia exporta, inclusive para China e para mais de 40 países, numa tendência crescente e diária de aumento das exportações”, disse destacando que os frigoríficos também têm a sorte (e isso é bom) de ter um câmbio animador e muito compensador, eis que mantem a estabilidade do dólar com oscilação sempre crescente, mantendo-se acima da casa dos R$ 4.
“Enquanto isso o pecuarista rondoniense, que carrega a bandeira do trabalho e desenvolvimento do Estado, é desrespeitado e explorado sem escrúpulo”, indicou o deputado exigindo uma posição do Governo do Estado, que preserve a produção no campo, a economia e respeite o pecuarista que é submetido a dificuldades de toda ordem para manter a produção.
Ao citar o tamanho das diferenças do preço da arrouba de boi praticados em Rondônia e nos outros estados, Adelino Follador citou nota da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon) e do Sindicato do Produtores de Cacoal, como lastro para sua denúncia. De acordo com a nota (notícia) é preciso “alertar a classe produtora que historicamente neste últimos 3 anos os preços pagos pela arroba do boi e vaca gorda, sempre obedeceram a um diferencial entre 7% à 10% em relação aos preços pagos na praça do estado de São Paulo e sendo igual aos valores pagos aos pecuaristas de MT, GO e PA.
Segundo Follador, como já é do conhecimento da maior dos produtores, esta diferença do preço da arrouba do boi gordo rondoniense vem aumentando gradativamente em relação a outros estados produtores, e atualmente já se fala em até 18%. “Isso não é possível, é um abuso, e o produtor de Rondônia não pode aceitar mais isso”, disse o deputado que anunciou a ideia de propor uma audiência pública na Assembleia para discutir a situação.
Follador lembrou que este tema já foi objeto de discussão no Estado, inclusive na Assembleia Legislativa, quando há dois ou três anos, os frigoríficos passaram a atuar de forma cartelizada, pagando o que queria pelo preço da carne. “Foram tempos difíceis e que não podem voltar”, lembrou o deputado informando que já se fala até em levar o gado de Rondônia para ser abatido em outros estados, diminuindo o tamanho dos prejuízos para os produtores e para a economia rondoniense.
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