Funcionário da Rede TV diz que foi coagido para que ex-secretário de Comunicação mude depoimento na justiça
Maxsuel admite episódio durante Lei Seca e explica motivação de reportagem.
Responsável pelo departamento comercial da Rede TV em Vilhena, o jovem Maxsuel Ribeiro Vieira procurou a redação do FOLHA DO SUL ON LINE para esclarecer a polêmica envolvendo seu nome após a divulgação de que ele teria sido preso numa blitz da Operação Lei Seca na cidade.
Max, como é conhecido, admitiu que o fato realmente aconteceu, e garante não ser contrário à divulgação. “Eu realmente cometi a ilegalidade e, como qualquer infrator, paguei pelo que fiz. É fato público e, portanto, a divulgação não deve ser proibida”.
Vieira explica que, na madrugada de domingo, 04, estava retornando para casa, quando foi abordado pelas autoridades de trânsito. Se quisesse, lembra ele, poderia até ter recusado o teste do bafômetro. Mas preferiu assumir sua responsabilidade: o exame indicou que ele de fato havia bebido.
O profissional de comunicação foi levado para a Unisp e, cerca de seis horas depois, mediante o pagamento de R$ 2 mil de fiança, acabou liberado.
O MOTIVO
Mesmo reafirmando que não se importa com o relato do caso na imprensa, Maxsuel disse que é importante explicar a motivação da publicação.
Segundo ele, por volta das 11:30h de hoje, foi abordado pelo repórter de um site, que teria lhe pressionado a convencer o ex-secretário municipal de Comunicação de Vilhena, Adenilson Magalhães, a mudar seu depoimento na justiça, marcado para amanhã (quinta-feira, 08).
Max acrescentou ainda que o repórter teria dito que, caso Adenilson, hoje também fazendo parte da Rede TV, não poupasse duas pessoas em suas revelações à justiça, a matéria sobre a ocorrência de trânsito seria veiculada no site.
O denunciante disse não ter se intimidado com a coação, e orientou o autor da abordagem a fazer a publicação. E revela: “Esse repórter está a serviço de pessoas processadas por uma série de crimes. E essa gente acha que se o Adenilson não disser o que sabe, eles escapam da condenação. Só se esquecem de duas coisas: primeiro, um testemunha não pode mentir; e segundo, quem tenta amedrontar uma testemunha acaba preso”.
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