Girão defende transparência, rechaça 'emendas pix', mas vê barganha entre Poderes
A situação pode piorar, com mais poder de cooptação política do Executivo para submeter parlamentares nas votações que prejudicam a população brasileira
Ao discursar em Plenário nesta terça-feira (20), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou o uso das emendas de transferência especial, as chamadas emendas pix. Por outro lado, ele lançou dúvidas sobre a real intenção da iniciativa de suspender o pagamento dessas emendas — a decisão foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, e posteriormente confirmada pelo Plenário dessa Corte.
— À primeira vista a decisão do ministro Flávio Dino deveria ser aplaudida por todos os brasileiros, porque em princípio o objetivo seria estabelecer padrões rigorosos de transparência e transferência desses recursos. Mas confesso que tenho dúvidas sobre a real intenção dessa medida, que, corretamente, restringe o poder do Congresso Nacional nessa questão orçamentária. Sabe por quê? Porque nós vivemos no Brasil um momento muito crítico e há um alinhamento político e ideológico nunca visto antes entre o governo federal e o STF.
Girão argumentou que, em vez reduzir os valores destinados às emendas pix e garantir a maior transparência possível, existe o risco de que a medida do STF aumente o poder do barganha do governo federal, que passaria a autorizar somente o pagamento das emendas "dos amigos do rei".
— Talvez esse seja o jogo combinado [entre o governo e o STF]. A situação pode piorar, com mais poder de cooptação política do Executivo para submeter parlamentares nas votações que prejudicam a população brasileira.
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O Governo Federal e o STF uniram-se para combater as arbitrariedades cometidas por políticos sujos como você, Girão. E fazem muito bem. O Executivo e o Judiciário precisam varrer do mapa políticos hipócritas e desonestos, que comem no mesmo cocho do Girão.
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