Governo de Rondônia compra 7,5 mil comprimidos de Hidroxicloroquina para tratamento de pacientes graves com Covid-19
Estudos apontam eficácia do medicamento em alguns pacientes graves com Covid-19
Após liberação do Ministério da Saúde, o governo de Rondônia por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) se antecipou e adquiriu 7,5 mil unidades do medicamento de Hidroxicloroquina que será usado para auxiliar no tratamento de pacientes graves internados com Covid-19.
Embora não haja cura comprovada para o Covid-19, estudos recentes apontam resultados significativos no uso do medicamento para combater o coronavírus. Durante coletiva o secretário Fernando Máximo falou sobre a importância do medicamento e as precauções a serem tomadas.
“A pedido do governador Marcos Rocha nos antecipamos e compramos esses medicamentos. O uso seguirá o protocolo do Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Albert Aisten”, destacou o secretário.
O USO DA HIDROXICLOROQUINA
O medicamento está sendo estudado para comprovação de eficácia no combate ao coronavírus. No entanto, já é utilizado no tratamento de outras doenças como Lúpus, Artrite Reumatoide, eritematoso, afeções dermatológicas e reumáticas, além de ser útil no tratamento da malária, explicou a médica infectologista Ester Aita, do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron).
“A Hidroxicloroquina inicialmente está sendo usada no tratamento do Covid-19 e observou-se a melhora de alguns pacientes. Mas é preciso ter cautela já que não há estudos que comprovem ainda a eficácia. Nem todos os pacientes podem usar a medicação conforme recomendação do Ministério da Saúde”, ressaltou a médica.
QUEM PODE USAR O MEDICAMENTO
Segundo Ester, somente pacientes internados com casos graves de Covid-19 poderão usar a medicação. “Hoje o uso no Brasil, seguindo protocolos do Ministério da Saúde, é feito somente em pacientes graves que precisam de internação em UTI. O estado disponibilizou o uso do medicamento para pacientes que se encaixam nestes critérios”, frisou.
EFEITOS COLATERAIS
Por ser uma doença nova, sem estudos comprovando a eficácia de medicamentos no combate ao vírus, é preciso entender que a medicação se usada de forma incorreta e sem a avaliação médica pode trazer sérios riscos a saúde, entre elas a alteração de batimentos cardíacos.
“Nem todos os pacientes poderão usar esse medicamento pois existem efeitos colaterais. Dessa forma cada caso terá que ser avaliado e após uma conversa com a família será decidido a utilização ou não do medicamento. Ressaltamos sempre que é uma doença nova, o tratamento ainda está sendo avaliado e ainda não existe uma certeza se o medicamento realmente é eficaz ou não”, concluiu a médica infectologista.
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