Há 1 semana das eleições: candidatas mulheres não recebem nem metade dos recursos que os homens receberam para promover as suas campanhas
Plataforma 72 horas traz números relevantes dos repasses financeiros das campanhas políticas de 2022
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Movimentos que buscam mobilizar mulheres para que votem em mulheres crescem no Brasil, sobretudo agora nas vésperas das eleições. De acordo com o calendário oficial aprovado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), as eleições políticas de 2022 acontecerão no dia 2 de outubro, com segundo turno marcado para o dia 30 do mesmo mês, caso nenhum dos candidatos a presidente do Brasil alcance a maioria absoluta dos votos válidos. Neste ano, os brasileiros terão que votar em representantes dos cinco cargos em disputa: presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Contudo, o que muda na política com a inclusão de mulheres eleitas nesses cargos? Por que é importante eleger o maior número de mulheres possível?
São dentro dessas narrativas que o Vote Nelas, um movimento suprapartidário, foi criado, em 2018, buscando fortalecer a democracia brasileira inserindo mulheres na política e, com isso, estabelecer igualdade nos espaços de poder. De acordo com a 72 horas, plataforma de educação política que acompanha a distribuição dos recursos de financiamento de campanha declarados pelos candidatos (homens e mulheres), mulheres receberam, até a primeira semana de setembro deste ano, quase 3 vezes menos recursos para campanhas do que homens. Há 8 dias das eleições, candidatas pretas e indígenas, juntas, receberam menos que 9% do total acumulado de valores repassados para as suas campanhas.
Precisa-se de políticas de afirmação que garantam os direitos das mulheres, para que possam ter pluralidade no debate político e quebrar preconceitos acerca do que é entendido como espaço e função da mulher, principalmente em uma sociedade misógina como a que vivemos. O movimento surge da necessidade do crescimento da representatividade feminina na política, uma vez que a não ocupação desses espaços deixa as mulheres à margem de processos de elaboração das políticas públicas e enfraquece a democracia em um todo.
Segundo o levantamento da União Interparlamentar, organização internacional responsável pela análise dos parlamentos mundiais, o Brasil, dentre 192 países, aparece na 142° colocação do ranking de participação de mulheres na política nacional, ocupando apenas 15% das cadeiras da Câmara dos Deputados e 12,4% no Senado Federal. E, apesar da pouca representatividade, a população brasileira é composta por 51,8% de mulheres.
“Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política” - Michelle Bachelet
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