ICMBio faz balanço de operação em terras indígenas de Rondônia

Com apoio do ICMBio, PF desarticula quadrilhas que praticavam desmatamento, furto de madeira e invasão de terras no Parque Nacional de Pacaás Novos e na TI Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia.

ICMBio 
Publicada em 07 de agosto de 2017 às 16:08
ICMBio faz balanço de operação em terras  indígenas de Rondônia

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) deu apoio à Polícia Federal na Operação Jurerei, deflagrada na quarta-feira ( 2) da semana passada  em Rondônia. O objetivo foi  desarticular duas organizações criminosas que praticavam crimes ambientais como desmatamento, furto de madeira e invasão de terras públicas. As quadrilhas atuavam dentro do Parque Nacional de Pacaás Novos e da Terra Indígena (TI) Uru-Eu-Wau-Wau.

A região em que os suspeitos praticavam crimes possui cerca de dois milhões de hectares e parte dela fica na terra indígena, que é sobreposta ao parque nacional. Inclui, ainda, áreas de preservação de três grandes bacias hidrográficas da região amazônica – Guaporé, Mamoré e Madeira.

A ação das quadrilhas prejudicava a gestão do parque e os povos indígenas que habitam as redondezas da área especialmente protegida. Por isso, a operação buscou também evitar o confronto entre índios e invasores. Segundo a PF, 78 mandados judiciais foram em sete municípios do estado.

Dentre os mandados cumpridos por aproximadamente 180 policiais, 19 são de prisões cautelares entre preventivas e temporárias, 18 de conduções coercitivas, quando uma pessoa é levada para prestar depoimento, e 41 de busca e apreensão nas cidades de Campo Novo de Rondônia, Buritis, Monte Negro, Ariquemes, Governador Jorge Teixeira, Ji-Paraná e Jaru.

De acordo com a PF, a operação se desenvolveu ao longo de diversos meses, com inúmeras ações para afastar conflitos entre integrantes do povo indígena e membros de uma das organizações criminosas sob investigação.

Além do ICMBio, a operação contou com o auxílio da Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério Público Federal de Rondônia (MPF- RO), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Associação de Defesa Etnoambiental kanindé.

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