Instalada CPI sobre situação de familiares de vítimas da Chapecoense

Os integrantes foram definidos na reunião de instalação da CPI, nesta quarta-feira (11)

Fonte: Agência Senado
Publicada em 11 de dezembro de 2019 às 14:37
Instalada CPI sobre situação de familiares de vítimas da Chapecoense

Izalci Lucas, Jorginho Mello e Dário Berger comandarão a comissão parlamentar de inquérito - Edilson Rodrigues/Agência Senado

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre a situação dos familiares de vítimas do acidente de avião com a equipe da Chapecoense será presidida pelo senador Jorginho Mello (PL-SC). O vice será o senador Dário Berger (MDB-SC), e o relator, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Os integrantes foram definidos na reunião de instalação da CPI, nesta quarta-feira (11). A comissão será composta por 11 membros titulares e 7 suplentes.

A CPIChape tem como missão apurar, no prazo de 180 dias, a situação dos familiares dos mortos na queda do avião que transportava jogadores, comissão técnica e diretoria da Associação Chapecoense de Futebol, assim como a situação dos familiares dos jornalistas e convidados que perderam suas vidas. O grupo também deverá investigar e identificar o motivo de os familiares ainda não terem recebido as devidas indenizações pelas 71 pessoas mortas no acidente.

Jorginho destacou que o trabalho a ser realizado pela CPI ajudará as famílias, que, segundo ele, sofreram com a tragédia e sofrem até hoje com o descaso. 

— Esta CPI é um forma de fazermos com que seja chamada a atenção de todos para que a gente consiga ajudar as famílias dos jogadores e da diretoria. Vamos trabalhar para ajudar nem que seja um pouquinho os familiares das vítimas da Chapecoense — disse o presidente da comissão. 

Dário Berger ressaltou que a CPI terá uma responsabilidade muito grande, pois o acidente em questão teve proporções irreparáveis. De acordo com ele, as consequências do ocorrido são um longo calvário de decepções e angústia para os familiares das vítimas. 

— A CPI já chega tarde, mas vem em boa hora para que nós possamos esclarecer à sociedade brasileira e até à sociedade mundial que esse acidente tem características muito mais distantes do que a questão local. Certamente foi fruto de negligência e poderia ter sido evitado. Nós precisamos esclarecer esses pontos e, na medida do possível, punir aqueles que precisam ser punidos. Encaminhar as nossas posições à Justiça para que se tomem as providências cabíveis com relação a esse caso dramático que assolou Santa Catarina, o Brasil e o mundo inteiro —  evidenciou o vice-presidente da CPI. 

Para Izalci, o principal objetivo é fazer com que as seguradoras cumpram o seu papel e reparem financeiramente, de forma digna, os familiares das vítimas. O parlamentar explica ainda que, pelo fato de as seguradoras serem estrangeiras, a CPI não pode obrigar o pagamento, mas há meios de tentar viabilizar a situação. 

— É óbvio que todas as seguradoras têm interesse de atuar no Brasil, então você pode também restringir a participação delas, se não cumprirem com determinadas ações. A CPI pode contribuir com isso também. Apurar até que ponto o governo deixou que isso acontecesse, exatamente para buscar aperfeiçoar  a legislação para evitar que outras seguradoras estrangeiras venham pra cá e depois não cumpram aquilo que deveriam cumprir — enfatizou o relator.  

Acidente 

No dia 28 de novembro de 2016, o avião que transportava a equipe da Chapecoense, a delegação do time, jornalistas e convidados caiu a poucos quilômetros de Medellín, na Colômbia. Investigações apontaram que a queda foi causada por falta de combustível.  

Morgana Nathany, com supervisão de Sheyla Assunção

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