Instituto Mamirauá lança campanha de financiamento coletivo para conservar o macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta

As doações serão revertidas em pesquisas sobre a espécie, que vive em uma pequena região da Reserva Mamirauá, Amazonas, e corre risco de extinção.

Assessoria - Mimirauá
Publicada em 14 de abril de 2018 às 08:36
Instituto Mamirauá lança campanha de financiamento coletivo para conservar o macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta

Descoberto em 1985, o macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta (Saimiri vanzolinii) passou 25 anos longe dos olhares dos cientistas. Desde 2006, porém, o Instituto Mamirauá vem desenvolvendo estudos sobre a espécie e constatou que ela corre risco de extinção, em especial por conta de sua restrita distribuição geográfica. Determinados a proteger o simpático primata, os pesquisadores decidiram iniciar uma série de ações de conservação. E para torná-las possíveis, o instituto lançou uma campanha online de financiamento coletivo.  As doações podem ser feitas na plataforma Kickante a partir dessa sexta-feira, 13 de abril. Para apoiar a causa, acesse o link: www.mamiraua.org.br/ajude

Ajude o macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta

A campanha busca também divulgar as pesquisas sobre o macaco-cheiro-da-cabeça-preta e os planos de conservação da espécie a uma ampla gama de públicos, desde comunidades locais até crianças. Um dos principais motivos para tanta preocupação é que o Saimiri vanzolinii pode, num futuro próximo, sofrer com as consequências das mudanças climáticas globais que já estão em curso, em particular, com a alteração da dinâmica de chuvas em seu habitat.

Uma das 15 espécies amazônicas consideradas prioritárias no Plano Nacional de Primatas, o macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta habita uma área de somente 870 quilômetros quadrados, ao sul da Reserva Mamirauá, no estado do Amazonas. Sua população é estimada em apenas 150 mil indivíduos.

Entre os planos do Instituto Mamirauá para preservar a espécie estão coletar e armazenar material reprodutivo, isto é, sêmen e óvulos dos animais da floresta, para realizar reprodução assistida, por meio de fertilização in vitro, caso seja necessário no futuro. Além disso, os cientistas pretendem dar continuidade ao acompanhamento das populações de Saimiri vanzolinii na floresta, para entender melhor os hábitos, os modos de vida e a reprodução da espécie. O próximo passo da equipe é utilizar colares com GPS para determinar de forma precisa o deslocamento dos macacos.

A educação científica e ambiental também está entre as ações planejadas pelo Instituto Mamirauá. Outra ação que será financiada pela iniciativa é a impressão de um número especial da revista O Macaqueiro KIDS, voltada ao público infanto-juvenil. A edição será recheada de textos informativos sobre o macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta.

Meta

Para realizar todas essas ações, o Instituto Mamirauá pretende arrecadar R$ 100 mil na campanha de crowdfunding. Todos os apoiadores poderão escolher entre recompensas como camisetas, paper toys (bonecos em miniatura) de macacos amazônicas e publicações. Quem doar R$ 5 mil ou mais ganhará ainda um voucher para hospedagem na pousada Uacari, que fica dentro da Reserva Mamirauá.

O período de arrecadação vai de 13 de abril a 14 de junho. Para doar, acesse o link: www.mamiraua.org.br/ajude

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