Integrantes da SBPC defendem descriminalização do aborto
Também falando em nome da SBPC, o médico obstetra Olímpio Moraes Filho defendeu que a descriminalização do aborto é imprescindível para que o planejamento reprodutivo seja mais efetivo.
Representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o médico Thomaz Rafael Gollop afirmou nesta sexta-feira (3), na audiência pública sobre a descriminalização da interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana da gravidez, que nenhuma mulher deveria ter filho por força da lei. “Ter filhos é um projeto afetivo e de responsabilidade de homens e mulheres”, apontou.
Também falando em nome da SBPC, o médico obstetra Olímpio Moraes Filho defendeu que a descriminalização do aborto é imprescindível para que o planejamento reprodutivo seja mais efetivo. “Hoje, as mulheres que querem abortar temem o profissional de saúde e temem ser denunciadas e presas. Ninguém é a favor de morte ou de aborto. A diferença crucial é como podemos enfrentar problema: como um assunto de saúde pública ou criminalizando. O melhor é diminuir a calamidade. Caso contrário, as mulheres vão continuar sem procurar assistência médica”, salientou.
Outra representante da SBPC, a biomédica Helena Bonciani Nader apontou que não existe um consenso científico sobre o momento em que se inicia a vida humana. “O aborto legal é um procedimento medicamente seguro, mais do que o parto. A criminalização do aborto submete as mulheres, especialmente as vulneráveis, a graves riscos de saúde e de vida decorrentes de procedimentos clandestinos e inseguros”, defendeu.
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