Inteligência Artificial: Sistema desenvolvido no Tribunal de Justiça de Rondônia é apresentado ao Ministério Público Federal

O sistema já foi apresentado, também, no Campus Party Rondônia e no Fórum de Inteligência Artificial na Administração Pública, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.

Assessoria
Publicada em 27 de agosto de 2018 às 14:41
Inteligência Artificial: Sistema desenvolvido no Tribunal de Justiça de Rondônia é apresentado ao Ministério Público Federal

Desenvolvido por analistas do Tribunal de Justiça de Rondônia, o Sinapses, sistema cujo banco de dados é alimentado para definir o movimento processual em produção, repercute positivamente entre instituições com interesses comuns aos do Judiciário rondoniense, especialmente o de dar celeridade à prestação jurisdicional. Em reunião realizada na Procuradoria Regional da República da 1ª Região - PRR1, no Distrito Federal, os analistas de desenvolvimento, Mikaell de Araújo e Alcides Campos, apresentaram o framework para representantes da Procuradoria, assessores técnicos e coordenadores de TI. O sistema já foi apresentado, também, no Campus Party Rondônia e no Fórum de Inteligência Artificial na Administração Pública, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.

Durante a reunião realizada na sede da PRR1, o procurador regional da república, Bruno Acioli, falou da importância do intercâmbio entre as instituições de Justiça no país e da intenção de unificar os sistemas em prol da agilidade e qualidade do serviço que se presta para a população. (Leia aqui a matéria do MPF)

O Sinapses, pela sua relevância na otimização de atividades repetitivas, que podem ser realizadas por um robô, tem despertado interesse de diversos órgãos com cotidiano e tarefas semelhantes. Enquanto um dos integrantes do Núcleo de Inteligência Artificial do TJRO, Pablo Moreira, participava, como palestrante do Campus Party Rondônia, os outros dois, Alcides Fernando e Mikaell Araújo, apresentavam um painel, também sobre o sistema, no Fórum de Inteligência Artificial na Administração Pública, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.

Hoje, o Tribunal de Justiça conta com 50 analistas de desenvolvimento, sendo que quatro deles estão disponibilizados para atividades referentes à Inteligência Artificial. No Fórum, realizado em Brasília, estiveram servidores do Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Contas da União, Corregedoria-Geral da União, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Cada um com apresentação de temas relacionados ao uso da Inteligência Artificial em sua área de atuação.

Ao iniciar a sua explanação o analista Mikaell Araújo lembrou que, ainda em 2008, quando pouco se falava sobre o assunto, o desembargador Walter Waltenberg defendeu, em matéria no Conjur, a unificação do processo judicial em prol do avanço do Poder Judiciário e a adoção da Inteligência Artificial como forma de acabar com o que ele classifica como a “dor do judiciário”, que é a lentidão. Ele citou, ainda, as palavras do desembargador quando afirmou que “o ser humano deve gastar o seu tempo com o que é nobre de se pensar e não em atividades repetitivas”.

Ao ser questionado sobre como o Sinapses pode auxiliar no avanço da Inteligência Artificial no Judiciário, Mikaell Araújo disse que “ele possibilita a integração da inteligência jurídica em um único centro, criando um ambiente para que várias equipes trabalhem em conjunto na construção de modelos de Inteligência Artificial para prover serviços a qualquer sistema de processo judicial”.

Além disso, explicou o analista, “o Sinapses funciona como um MarketPlace (Mercado), pois possibilita que equipes diferentes trabalhem em projetos distintos de criação de modelos de inteligência artificial. Estes modelos são responsáveis por dar resposta ou automatizar rotinas específicas dentro do processo judicial. A inteligência não é completa, ela é formada por vários passos que visam simular a inteligência humana, e cada um destes passos necessita que uma pesquisa seja feita para criar o modelo de IA”, detalhou Mikaell.

“É como se estivéssemos em um mercado onde diversos produtos de distintos produtores rurais, por exemplo, são expostos para a população de forma unificada”, comparou o também painelista do Fórum, Alcides Fernando, que defende a cooperação para minimizar os custos e justifica com o fato de terem pensado num sistema que poderá servir não somente o TJRO, mas a outros tribunais, com a vantagem de não exigir grandes conhecimentos em programação.

Alcides considerou, ainda, que, além da agilidade, o Sinapses poderá garantir maior segurança jurídica e mais respaldo para se minutar o processo. “A Inteligência Artificial consegue varrer processos julgados e, dentro de segundos, trazer à memória informações que demorariam horas de pesquisa, pois quando se começa a digitar já são apresentadas as sugestões, que podem ser quantas palavras forem necessárias, conforme a configuração pré-estabelecida no sistema”.

Segundo os analistas, a participação em eventos, como o Fórum promovido pelo TSE, a Campus Party e a reunião no MPF, são oportunidades de interação e parceria com outros órgãos para expansão das utilidades do Sinapses, o que representa melhoria dos serviços cognitivos, com consequente celeridade ao processo judicial e resultados maiores e mais satisfatórios ao cidadão.

https://www.tjro.jus.br/noticias/item/9837-inteligencia-artificial-sistema-desenvolvido-no-tribunal-de-justica-de-rondonia-e-apresentado-ao-ministerio-publico-federal

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