Isolamento Social Restritivo não é “confinamento”, explica especialista da Agevisa

A determinação não é um 'confinamento’, mas um isolamento social restrito que visa a diminuição de casos ativos da Covid-19 e contenção dos números de internações na UTI

Emanuelle Pontes Fotos: Esio Mendes Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 18 de janeiro de 2021 às 14:13
Isolamento Social Restritivo não é “confinamento”, explica especialista da Agevisa

Trata-se de um Isolamento Social Restrito que visa diminuir casos ativos da Covid-19 e contenção do número de internações na UTI

Diante do atual cenário da pandemia, o Governo de Rondônia esclarece algumas dúvidas referentes ao atual momento vivido pelos rondonienses. Dessa forma, o estrategista de dados do Comitê Técnico-Científico, que integra o Comitê Interinstitucional de Prevenção, Verificação e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, Caio Nemeth, ressalta a importância do isolamento social restritivo de 10 dias para frear a propagação do coronavírus e, consequentemente, desafogar os hospitais em todo Estado.

O estrategista deixou claro que a providência priorizada pelo Governo não é um ‘lockdown’, até porque, a implementação nunca foi necessária. “Nunca existiu e é bem provável que não venha existir ‘lockdown’ em Rondônia, pois o Governo não vê como eficaz a adoção da medida, assim como o Comitê Técnico-Científico”, enfatiza Caio Nemeth.

Na última medida semelhante é possível ver no gráfico os picos de diminuição na propagação

Para Nemeth, as duas medidas, são diametralmente diferentes. Enquanto o ‘lockdown’ isola todo mundo, o isolamento social restritivo distancia regiões específicas em horários pré-estabelecidos.

O modelo adotado pelo Governo de Rondônia é uma estrategia, com tempo de duração predeterminado por estimativas numéricas, baseada em inteligência computacional, focada unicamente em desacelerar o crescimento da ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI´s), sendo esta, a última opção adotada pelo Estado.

Alinhado com a visão do Governo, de sempre antecipar suas ações, o estrategista demonstra esperançoso que a medida surtirá efeitos positivos. “A gestão atual nunca pediu para maquiar informações, ao contrário, sempre fez questão que fossem apresentadas da maneira mais clara e fidedigna possível, prova disso, é que Rondônia figura em 1º lugar em transparência, posto esse que se mantém desde o início da pandemia”.

Nemeth destaca que todas as medidas relacionadas à prevenção, como este caso, são pautadas em estudos técnicos e projeções de tendências de profissionais altamente capacitados, incluindo comparações com trabalhos acadêmicos publicados por doutores nas áreas da medicina, matemática e estatística da Universidade Federal de Rondônia (Unir).

Segundo ele, o isolamento social restritivo não é suficiente para diminuir a incidência da Covid-19 no Estado. “É de fundamental importância a participação da população nesse processo para evitar o caos possível, uma vez que a ação de cada pessoa muda completamente a tendência. Imagine uma única pessoa contaminada que, por não sentir sintomas, decide tirar sua máscara no ambiente de trabalho, esse indivíduo está contaminando indiretamente dezenas de pessoas, pois cada colega de trabalho possui ao menos um contato direto. Nosso Estado tem uma das menores taxas de letalidade do país e estamos economicamente estáveis, portanto precisamos da cooperação de todos a fim de evitar o colapso nos hospitais”, conclui.

CASOS ATIVOS NO ESTADO

Rondônia já superou em número a primeira máxima de infecção por coronovírus

De acordo com Nemeth, Rondônia já presenciou dois picos de quantidade de casos ativos, mas nunca antes Porto Velho e o interior estiveram em crescimento ao mesmo tempo, inclusive o número atual já superou o máximo da onda anterior.

No início do segundo semestre de 2020, em 29 de junho, o Estado registrou 11.827 pessoas circulantes em Rondônia com Covid-19. Em 30 de dezembro, esse número foi superado pela marca de 12.108 casos e agora, no dia 15 de janeiro de 2021, atingimos o recorde já registrado de pessoas ativas no Estado, 16.794 (42% superior ao primeiro pico) e os números não param de crescer.

O estrategista de dados diz ainda que o crescimento do vírus ocorre em progressão geométrica com taxa variável e quando há aglomeração, a probabilidade fica muito mais elevada. Então, quanto mais as pessoas seguirem todas as ações de prevenção à risca, menos pessoas adoecem e poucas pessoas serão levadas aos hospitais para fins de internação, evitando assim, o colapso dos leitos de UTI no Estado.

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