Julho é o mês de combate ao câncer de cabeça e de pescoço

“O objetivo da campanha é chamar a atenção para um grupo de tumores cujos sintomas, muitas vezes, são subestimados”, explica o cirurgião Agnaldo José Graciano, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço

Assessoria
Publicada em 07 de julho de 2022 às 22:17
Julho é o mês de combate ao câncer de cabeça e de pescoço

O Julho Verde, alusivo a 27 de julho, Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, é uma data de destaque no OncoCenter do Hospital Dona Helena, sobretudo para evidenciar a importância da prevenção. “O objetivo da campanha é chamar a atenção para um grupo de tumores cujos sintomas, muitas vezes, são subestimados”, explica o cirurgião Agnaldo José Graciano, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço.

O médico sublinha que um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos desse tipo da doença, particularmente para aqueles que surgem na boca, faringe e laringe, causando uma perda significativa da qualidade de vida durante e após o tratamento, na maioria dos casos, como sequelas funcionais e psicológicas.

A campanha Julho Verde acontece no Brasil há 6 anos, por iniciativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. O objetivo principal é reforçar as ações e evidenciar a importância de as pessoas manterem uma boa saúde geral. Com o slogan ‘Desperte a Esperança, Venha para o Julho Verde’, a SBCCP reconhece o abalo da saúde emocional no paciente e como isso reflete no tratamento do câncer.

Muito comum

De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres que afetam a região da cabeça e pescoço, somados, ocupam a segunda maior incidência entre os homens brasileiros. E são mais de 500 mil novos casos no mundo. “A campanha nasceu para chamar a atenção da população para a doença. Apesar de o exame clínico ser de fácil acesso, o

câncer de boca – o mais comum em nosso meio (em cerca de 70% a 80% dos casos) – é diagnosticado em fase avançada, tornando mais o tratamento mais complexo e com maior risco de graves sequelas”, acrescenta o cirurgião.

Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de cigarro pode ocasionar a doença, assim como a exposição exagerada aos raios solares. O HPV também está associado ao desenvolvimento de câncer na faringe, principalmente nas amígdalas e na base da língua. O diagnóstico da doença entre jovens tem se tornado frequente, justamente em decorrência destes tumores originados pelo HPV.

Outro câncer muito comum ocorre na glândula tireoide. Em 2020, foram 12 mil novos casos, em mulheres, e 11 mil em homens, no Brasil. Importante lembrar, também, do câncer de laringe, com aproximadamente 6,5 mil novos casos neste período. E, ainda, o câncer de pele que é o mais comum nos humanos, e 75% deles surgem na região da cabeça e pescoço. A SBCCP e seus institutos parceiros procuram chamar a atenção de toda a população

para a importância dessa prevenção e a urgência de implementação de políticas públicas por parte das autoridades em saúde.

Como evitar

 Não fumar

 Evitar o consumo de bebidas alcoólicas

 Preferir alimentação rica em frutas, verduras e legumes

 Manter boa higiene bucal

 Usar protetor solar e evitar exposição ao sol prolongada

 Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral

 Manter o peso corporal adequado

 Recomendar a vacinação do HPV para os meninos de 11 a 14 anos e para meninas de 9 a 14 anos.

Sinais de alerta – na presença de algum desses sinais, procure orientação médica

 Nódulos no pescoço

 Feridas, úlceras na boca ou na garganta que não cicatrizam após 2 semanas

 Rouquidão por mais de 4 semanas

 Dor ou dificuldade para engolir

 Lesões e feridas de pele persistes em áreas da face e pescoço

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