Justiça de Rondônia tem rede de alta performance na comunicação de dados
Reunião no auditório do Tribunal de Justiça marcou a entrega da rede TJRO-WAN.
Todos os fóruns conectados, alguns com mais de 700 km de distância da central, em Porto Velho. São 27 estações repetidoras de micro-ondas e fibras óticas, uma área maior que o estado do Rio de Janeiro, por exemplo. Essa é a nova rede TJRO-WAN, uma tecnologia segura, de alta velocidade e estável, que foi recebida pelo Tribunal de Justiça de Rondônia, em reunião realizada na tarde de sexta-feira, 18, no auditório do edifício-sede. O presidente do TJRO, desembargador Sansão Saldanha, assinou termo de recebimento com o representante da empresa Gigacom e o secretário-geral do TJRO, juiz Ilisir Bueno Rodrigues.
A reunião foi aberta pela secretária de Tecnologia da Informação e Comunicação do TJRO, Ângela Carmem Symczak, que apresentou os diversos benefícios decorrentes da utilização dessa tecnologia. O representante da empresa demonstrou detalhes técnicos e operacionais do empreendimento, inclusive os relacionados às intempéries climáticas, como o período chuvoso na Amazônia, que dificultou o início dos trabalhos de interligação das comarcas de Rondônia através de uma rede de transmissão de dados exclusiva e de alta tecnologia.
A nova rede é uma estrava pavimentada para muitos outros benefícios ao Judiciário e para a sociedade, e surgiu da iniciativa de melhorar a estrutura de tecnologia em todas as localidades, proporcionando mais rapidez na comunicação entre as unidades da Justiça. Documentos e informações que são transmitidos dos fóruns para Porto Velho, onde está instalado o Data Center do TJRO, com computadores e outros equipamentos de alta tecnologia, trafegam mais rápido e tornam a atividade judiciária mais moderna e eficaz.
O analista de sistemas Flávio de Lacerda Silva, diretor da Divisão de Infraestrutura da STIC, demonstrou por meio de relatórios a melhoria proporcionada pela nova rede. Em localidades como a comarca de Buritis, que antes chegou a ter velocidade de conexão de 2Mbps passou para 100Mbps, que é o padrão para as demais, ou seja, todas as comarcas têm disponíveis 100MBps. O servidor do TJRO explicou que a nova rede foi projetada tendo com o cuidado de corrigir as deficiências do antigo contrato, que era feito por uma operadora de telefonia. A nova rede é totalmente visível e totalmente auditável, o que não ocorria antes.
É possível verificar, em tempo real, dados do que ocorre em todas as comarcas e ter acesso a um histórico disso. De 30 em 30 dias será emitido um relatório de eventos com a disponibilidade da rede, dessa forma o TJRO pagará apenas pela efetiva utilização da rede. Por exemplo, nesse primeiro período a rede ficou 321 minutos fora do ar, contudo, por conta de uma manutenção programada da Embratel, durante a madrugada e no final de semana. Como o TJRO não foi informado dessa interrupção será descontado esse tempo do valor a ser pago. Isso era impossível no contrato da operadora de telefonia, que levava até 17 dias para realizar uma configuração na rede, o que pode ser feito na Rede TJRO-WAN em questão de horas, além de não apresentar dados detalhados sobre a efetiva utilização do serviço.
Planejamento
Quando a utilização dessa tecnologia se tornou disponível, apenas na região sudeste do país, a novidade passou a ser considerada pela equipe da STIC, mas ainda além da capacidade orçamentária da época. Dois grupos de trabalho foram formados para realizar estudos técnicos e buscar alternativa para atender à instituição. Como não havia solução local e o projeto é complexo e de custo elevado, projetos semelhantes foram analisados em diferentes locais do país, como na Justiça do Rio de Janeiro e nos Tribunais Regionais Federais das 2ª e 3ª Regiões. O secretário-geral do TJRO lembrou do esforço da Administração para reunir, em vários momentos, pessoas de setores diferentes, a fim de resolver as demandas do Judiciário. Para o juiz Ilisir Bueno, o recebimento da rede TJRO-WAN é uma vitória institucional e também para a sociedade.
O presidente Sansão Saldanha destacou a política de governança da tecnologia da informação e comunicação do Poder Judiciário e reforçou que a administração tomou e tomará todas as providências necessárias para que se tenha um serviço compatível com o desejo da população e do usuário interno, que são os magistrados e servidores.
“Nós temos hoje um serviço que é o Processo Judicial Eletrônico, mais um motivo pelo qual a justiça não funciona mais sem a tecnologia, sem a informática. O investimento se justifica pela importância dessa melhoria para o funcionamento da instituição”, afirmou o desembargador.
Saldanha rendeu homenagem aos servidores dedicados a esse trabalho quase que anônimo, mas que é muito cobrado pelos usuários das ferramentas. A rede está longe dos olhos, pois são cabos enterrados ou ondas de rádio que não são vistas no dia a dia, embora tenham importância singular para que a Justiça seja eficiente nos dias atuais. O presidente ressaltou ainda a coragem da empresa, que é de São Paulo, e aceitou o desafio de construir uma rede alta performance na região Norte do país. Para o desembargador, o TJRO não deixa nada a desejar com relação à rede de dados a outros tribunais brasileiros, mesmo os de grande e médio porte, conforme classificação do Conselho Nacional de Justiça. “Um dia esse serviço será reconhecido pelo usuário da Justiça, ainda mais quando esse empreendimento for convertido em produtividade maior. Agora nós temos um serviço de excelência”, finalizou.
A fiscalização e o controle da rede farão com que a utilização dessa tecnologia seja correta e voltada aos fins institucionais. O TJRO adotou a locação dos equipamentos e não a aquisição, que poderia ser mais dispendiosa para a instituição, ainda mais com a manutenção e atualização de equipamentos. Para atender ao contrato, a empresa mantém uma equipe de 16 pessoas, que são de Rondônia e foram treinadas para atuar em pontos estratégicos do Estado.
Velocidade
Cada comarca opera agora com 100Mbps e a sede com 1.500Mbps ou 1,5 Gbps. Em Cerejeiras, que têm maior distância geodésica (linha reta) da sede do TJRO, 607 Km, os sistemas também operam na rede com 100mb por segundo. Provedores de serviço WAN facilitam o uso de todos os usuários em uma mesma rede. WAN é uma rede de longa distância (Wide Area Network) para cobrir uma área maior, ao contrário da rede LAN, que serve para locais menores como redes domésticas e pequenas empresas.
Ilustração: Gigacom
Antes, o TJRO utilizava esses serviços a partir da rede de uma operadora local, o que não atendia às necessidades, por isso foi construída uma rede exclusiva para o Judiciário, um investimento na prestação jurisdicional e no desenvolvimento da instituição, pois o serviço da Justiça exige uma rede de comunicação de dados de alta disponibilidade e alta capacidade, ainda mais com o advento do Processo Judicial Eletrônico – PJe, que deve estar disponível 24 horas por dia.
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