Justiça decreta prisão de padrasto acusado de matar crianças

Silva responderá pelos crimes de homicídio consumado contra as crianças (de 4, 5 e 7 anos) e tentativa de feminicídio contra a companheira e mãe das crianças

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil/Foto: Reprodução/Facebook
Publicada em 28 de janeiro de 2020 às 11:08
Justiça decreta prisão de padrasto acusado de matar crianças

A Justiça do Rio decretou ontem (27), a prisão preventiva do companheiro da mãe das três crianças mortas em Paraty, na Costa Verde do Rio, dentro de casa, enquanto dormiam.  Fernando Evangelista da Silva, de 36 anos, foi preso na última sexta-feira (24), quando os corpos foram encontrados na casa após um incêndio. 

Silva chegou a dizer que uma das crianças colocou fogo na casa, mas a polícia técnica determinou que o fogo foi colocado na residência. Para isso, Fernando Evangelista colocou um colchão junto à porta e colocou fogo no quarto onde as crianças dormiam. A mãe estava no banheiro e não foi atingida pelo fogo, mas inalou muita fumaça e seu estado de saúde é considerado grave. Os depoimentos dos avós das crianças e de vizinhos foram fundamentais para que a polícia chegasse ao assassino.

Uma das avós contou que, quando as crianças iam para sua casa, não queriam sair de lá devido ao comportamento agressivo de Fernando. Ele veio de São Paulo há sete meses e se instalou na cidade e morava com a mãe das crianças há menos de dois meses.

Durante audiência na Casa de Custódia de Volta Redonda, a prisão em flagrante de Fernando foi convertida em preventiva para garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal. Segundo o juiz Marco Aurélio Adania, há indícios suficientes de autoria do crime por parte do acusado a partir de depoimentos colhidos por policiais da 167ª Delegacia de Policia (Paraty).

Silva responderá pelos crimes de homicídio consumado contra as crianças (de 4, 5 e 7 anos) e tentativa de feminicídio contra a companheira e mãe das crianças, Dara Cristina de Almeida Santos Souza, 25 anos, além da prática de crime de incêndio. Devido à repercussão do caso e ao fato de ele ter prestado depoimento se dizendo ameaçado pelos outros presos, o magistrado determinou que Silva fique separado dos outros internos do sistema penitenciário.

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