Laboratório Central capacita mais 170 técnicos para atuar no diagnóstico e investigação de casos de malária em Rondônia

As ações têm como base dados apresentados pelo Ministério da Saúde (MS) que classifica a região amazônica como endêmica para a malária no país.

Texto: Zacarias Pena Verde Fotos: Ítalo Ricardo
Publicada em 29 de maio de 2018 às 11:14
Laboratório Central capacita mais 170 técnicos para atuar no diagnóstico e investigação de casos de malária em Rondônia

Todos os municípios considerados de risco foram contemplados

O Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen), em parceria com a Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa), realizou em 2017 e no primeiro quadrimestre deste ano, certificações e atualizações em Diagnóstico Parasitológico da Malária. As ações têm como base dados apresentados pelo Ministério da Saúde (MS) que classifica a região amazônica como endêmica para a malária no país.

No total, 170 técnicos receberam capacitação, certificações e atualizações de protocolos para o diagnóstico da doença. O Lacen abrangeu os municípios do estado de Rondônia com mais dificuldades de diagnóstico, afirma o diretor-geral, Luiz Tagliane.

De acordo com Tagliane, o objetivo destes cursos é de preparar profissionais de saúde que atuam no diagnóstico destas endemias para realizarem de forma precisa os referidos diagnósticos, além de orientarem quanto a prevenção da saúde aos moradores que residem em localidades de risco.

Acilon Almeida, coordenador do controle de qualidade do diagnóstico de malária no Lacen, continuará intensificando estas ações e melhorando os serviços para manter o padrão de confiabilidade. “O laboratório empenha-se em fazer de forma efetiva seu trabalho, visando multiplicar os conhecimentos destes profissionais, tendo como fim específico a melhoria da saúde da sociedade rondoniense”,  afirma Acilon.

Luiz Tagliani relata que em 2017, o Lacen capacitou todos os técnicos do Município de Porto Velho e seus distritos, além Certificação de Microscopistas de Alto Alegre dos Parecis, Buritis, Castanheiras, Mirante da Serra, São Miguel do Guaporé, Candeias, Itapuã e Ouro Preto do Oeste. Em 2018, toda a região de Machadinho do Oeste (Investigação) e diversas atividades em outros municípios já estão programadas para capacitação, certificação e investigação entomológica, afirma.

Mais 170 técnicos receberam capacitação, certificações e atualizações de protocolos para o diagnóstico da doença

Além dos cursos de Capacitação e Certificação, a equipe de Entomologia do Lacen realiza a “Investigação Entomológica” em regiões que estão com casos positivos da doença. Essa investigação tem como objetivo identificar as espécies de Anopheles (mosquito transmissor) que ocorrem na região, horário de pico de alimentação das fêmeas e a identificação de criadouros próximos à assentamentos, destaca Luiz Tagliane.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Apresenta cura se for tratada em tempo oportuno e adequadamente.

A maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), área endêmica para a doença. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região endêmica. O seu tratamento é simples, eficaz e gratuito. A malária pode evoluir para forma grave podendo levar à morte.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Luis Eduardo Maiorquin, essas capacitações são fundamentais para garantir um diagnóstico rápido e eficaz no combate à doença, e que o Estado não mede esforços em apoiar tais medidas.

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