Laboratório de Patologia prioriza casos suspeitos de câncer e dá agilidade aos diagnósticos em Rondônia

Há cinco meses em funcionamento, o Laboratório de Patologia Cirúrgica do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, realizou de janeiro a abril deste ano o total de 1.266 exames.

Texto: Vanessa Farias Fotos: Frank Nery
Publicada em 05 de junho de 2018 às 13:42
Laboratório de Patologia prioriza casos suspeitos de câncer e dá agilidade aos diagnósticos em Rondônia

Um útero com colo e ovário chega para análise no laboratório de macroscopia

Há cinco meses em funcionamento, o Laboratório de Patologia Cirúrgica do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, realizou de janeiro a abril deste ano o total de 1.266 exames. Segundo a chefe do laboratório, Thamy Yamashita, o número ainda é tímido devido período necessário para contratações e treinamentos e a demanda reprimida que teve que ser colocada em dia logo após a inauguração, que aconteceu em 19 de dezembro de 2017.

“Tínhamos processos parados desde setembro. Colocamos tudo em ordem e liberamos todos, não temos mais nenhum do ano passado”, afirma. A média para cada patologista – e são três à disposição do laboratório – é de 200 exames, ou seja, 600 exames realizados mensalmente. Em janeiro, foram apenas 147, número que vem crescendo gradualmente, sendo registrado em abril o total de 594 exames.

Além das três médicas patologistas, quatro agentes administrativos, três técnicos em histotécnica, e dois técnicos de macroscopia trabalhando no local, e são realizados exames de biópsia, peças cirúrgicas, além de todos os preventivos, punções aspirativas e citologias oncóticas.  Os resultados de exames de urgência levam cerca de 15 a 20 dias para serem liberados, o que antes da existência do laboratório só chegavam três meses depois, já que eram encaminhado para fora do estado. A vantagem acelera o diagnóstico e o início do tratamento dos pacientes. As citologias tem resultado em uma semana.

“Nosso trabalho melhorou muito. Antes, no laboratório antigo, não conseguíamos fazer as biópsias, peças cirúrgicas grandes. Ainda dava pra fazer em casos de transplante renal, com peças pequenas, mas as grandes, além de não ter local adequado, não havia equipamento. Só dava mais para fazer, e manualmente, preventivos, as punções, as citologias oncóticas e biópsias bem pequenas. Hoje temos equipamentos excelentes, os melhores do mercado, além da economia que isso gera para o estado, acabando com a terceirização do serviço. Agora é tudo pelo SUS e ainda com diagnóstico mais rápido”, diz.

A patologista e chefe imediata do laboratório diz que a prioridade dos atendimentos é para os casos de suspeita de câncer e de pacientes internados no HB, mas o laboratório atende à demanda de todo o estado. No laboratório de macroscopia, as profissionais analisam as peças cirúrgicas como membros e órgãos com tumores como os miomas ou cistos.

Segundo a equipe técnica, todos os tipos de patologias já passaram pelo local, como um pequeno ovário, cujo tamanho normal deve ser 3 centímetros por 1,5 centímetro, mas abrigava um cisto de cinco quilos. Úteros com colo e ovários também são peças comuns, principalmente em casos de suspeita de câncer. “Damos prioridade a esses casos por ser de muita urgência a agilidade do diagnóstico. Essa diferença pode salvar vidas”.

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