Lula na ONU inaugura galeria dos ícones do século 21
"Discurso de Lula, que teve a habilidade de falar ao mundo e ao Brasil, ocupou os noticiários do dia. É um documento histórico", diz Florestan Fernandes Jr.
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Em um mundo castigado por desigualdades abissais, dividido pelo discurso de ódio disseminado e inflamado por uma extrema direita que ameaça diariamente as democracias capitalistas; por guerras tantas e por uma, em especial, que representa risco real à perspectiva de paz mundial, a fala de Lula, o mais experiente e admirado de todos os líderes mundiais, era aguardada com muita expectativa no plenário das Nações Unidas em Nova Iorque.
O discurso forte e bem calibrado, abordou temas de relevância global e sobre os quais a urgência do enfrentamento é consenso. As questões climáticas, a desigualdade social, a fome, o multilateralismo, a reforma da governança global e da própria estrutura da ONU, com a inclusão imediata dos países do sul global nas esferas decisórias do Órgão. Importante destacar que a escolha dos temas na fala de Lula reflete tudo aquilo que o presidente tem defendido reiteradamente nos seus discursos nos fóruns mundiais de que tem participado. Há coerência, não foi apenas um discurso bonito.
Para além disto, Lula fez talvez a mais importante defesa na campanha pela liberdade do jornalista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que para Lula, sofre punição pelo exercício de seu dever profissional: informar a sociedade de maneira transparente. Além da preservação da liberdade de imprensa, Lula propôs o combate firme ao racismo e à intolerância, defendeu direitos iguais entre homens e mulheres e a garantia dos direitos dos LGBTQIA+.
Lula foi didático ao pontuar que a desigualdade social e a fome, que atinge 735 milhões de pessoas, têm sua gênese na concentração de renda e no apetite ganancioso de homens que controlam as riquezas do planeta: “O mundo está cada vez mais desigual. Os 10 maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade.” Afirmou o nosso presidente.
A qualidade do discurso de Lula, que teve a habilidade de ao mesmo tempo falar ao mundo e ao próprio Brasil, ocupou os noticiários do dia. É um documento histórico, que faz jus à diplomacia brasileira e que o coloca na galeria dos grandes ícones da História recente, dividindo espaço com Nelson Mandela, Mahatma Gandhi e Martin Luther King.
Definitivamente, nos resgata o orgulho patriótico (isso, sim) e nos remete a um outro discurso, também na ONU, aquele proferido pelo chanceler Oswaldo Aranha, em 1947, que deu origem à tradição do Brasil de ser o primeiro a falar na assembleia geral da ONU.
Já virou um lugar comum, mas é irresistível dizer: o Brasil voltou!
Florestan Fernandes Jr
Florestan Fernandes Júnior é jornalista, escritor e Diretor de Redação do Brasil 247
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Comentários
O trabalho de desconstrução do obscurantismo, do terraplanismo têm que continuar. Onde foi que o nobre Observador viu isso? Provavelmente na bolha terraplanista!
Brasil com Luladrão se transformou num anão político e diplomático perante o mundo e o ex-presidiário descondenado Luladrão o maior Pária Internacional. Este é o Brasil atual. Faz o "L de Luladrão", esquerdeopata.
É mesmo? Só com àquela plateia tupiniquim aplaudindo com a animadora de programa de auditório Janja comandando? O presidente Ucraniano sequer olho para o Luladrão. Aliás, vários líderes mundiais e figuras de destaques foram convidadas pelo presidente americano Joe Biden para um jantar no "met" em NY mas o Luladrão não foi, porquê será que o presidente dos EUA não o convidou hein?? Luladrão é um Pária Tupiniquim que transformou o Brasil perante o.mundo num anão político. Aliás, até após o encontro dele com Joe Biden, Joe Biden deixou ele no final no vácuo ao não se despedir dele ao não estender as mãos ao Luladrão. Luladrão é um Pária Internacional isto sim. E as coisas ainda vão ficar ruim para o descondenado. Aguarde, esquerdeopata...
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