Mães ganham independência e geram renda com a Feira da Mulher Empreendedora
Edição especial ocorre nesta sexta-feira (6) a partir das 16h
Uma vitrine para dar visibilidade ao trabalho artesanal de mulheres que decidiram empreender em Porto Velho. É assim que pode ser vista a Feira da Mulher Empreendedora que conta, nesta sexta-feira (6), com uma edição especial alusiva ao Dia das Mães, no Mercado Cultural.
Promovido pela Prefeitura de Porto Velho, através do Departamento de Políticas Públicas para Mulheres (DPPM), da Secretaria de Assistência Social e da Família (Semasf), a feira oferece benefícios tanto para quem busca o presente da mãe quanto para as mães que vendem seus produtos e geram renda para a família.
Bonecas de pano são comercializadas nas feiras promovidas pelo município
Terezinha Frazão, mais conhecida como “Tetê”, é uma carioca que escolheu Porto Velho como a cidade para viver e construir sua vida. Depois de trabalhar muitos anos na imprensa, ela fez do hobby a sua nova profissão, se dedicando exclusivamente ao artesanato.
Mãe de um filho de 37 anos, já casado, Tetê conta que durante anos trabalhou em jornais impressos como diagramadora e revisora, inclusive no lendário Alto Madeira, mas nunca escondeu sua paixão pelo artesanato e o voluntariado. Um belo dia, decidiu que era hora de se dedicar exclusivamente ao seu passatempo preferido.
Com 23 anos vivendo exclusivamente do artesanato, Terezinha sentiu-se mais realizada ao conhecer o Departamento de Políticas Públicas para Mulheres (DPPM), de quem se tornou parceira há três anos. Ela não apenas participa da Feira da Mulher Empreendedora como expositora, mas também ministra cursos, consultorias e mentorias.
“O artesanato é muito bom, tanto para quem é empreendedora quanto para a vida pessoal, para a alma. Quem trabalha com artesanato nunca fica sem dinheiro. Eu sempre brinco que quem trabalha com artesanato, na verdade não trabalha, ele está fazendo uma coisa que gosta e se diverte com isso”, comentou.
Artesã fala de sonhos e do amor pela profissão
VIDA DE ARTESÃ
Ao trocar de emprego, Tetê já dominava várias técnicas do artesanato, mas precisava evoluir. Tendo preferência por confeccionar bonecas de pano, inicialmente vendia suas peças apenas para os amigos mais próximos. Porém, logo foi chamada para trabalhar em uma loja de artigos para presentes, onde atua até hoje e tem a chance de se desenvolver a cada dia.
A FEIRA
A artesã revelou que tem muito orgulho de trabalhar com a feira. Um dia ela descobriu que o DPPM ficava perto de sua casa, conheceu a diretora Gina Brito e ficou encantada com os projetos voltados ao público femininose e decidiu se voluntariar. “A Gina me convidou para fazer um trabalho com mulheres, com o reaproveitamento. Eu topei e, desde então, sempre estou prestando serviços para o departamento, através das feiras, desses cursos e trabalhando com mulheres”, explicou.
Segundo Terezinha, a feira não é apenas um local para expor produtos e vender, mas de oportunidades, especialmente para as artesãs que estão começando nesse mercado, dando visibilidade aos seus produtos. “Nem sempre você vende, mas conhece novas pessoas, divulga o seu trabalho e através disso, você consegue clientes. Esse trabalho que o departamento faz é muito bom”, destacou.
SONHOS
A empreendedora diz que o artesanato já lhe proporcionou a realização de muitos sonhos, não apenas de coisas materiais, mas especialmente do serviço em favor do próximo, de melhorar a vida das pessoas e proporcionar a elas uma nova perspectiva de vida.
“Já trabalhei muito em projetos com apenadas, em associações de mulheres e mães. E tenho sonho de criar cada vez mais coisas, tentando me renovar. Quando eu dou aula, digo para as mães que elas são capazes de fazer qualquer coisa. Me sinto realizada, me realiza muito ser artesã e como mãe”, completou.
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