Mais de 30% da malha ferroviária estão inutilizados, diz estudo da CNI

Superação dos gargalos passa pelo aumento da conectividade do sistema.

Agência Brasil
Publicada em 07 de junho de 2018 às 14:51
Mais de 30% da malha ferroviária estão inutilizados, diz estudo da CNI

Segundo o estudo, as características dos contratos de concessão firmados na década de 1990 geraram esses problemas - Beth Santos/Secretaria-Geral da PR

Um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mostra que mais de 30% da extensão de trilhos ferroviários do país estão inutilizados e 23% estão sem condições operacionais.

O estudo, denominado “Transporte ferroviário: colocando a competitividade nos trilhos”, integra uma série de 43 documentos sobre temas estratégicos que a entidade entregará aos candidatos à Presidência da República.

No documento, a sugestão é que o caminho para a superação dos gargalos no setor passa necessariamente pelo aumento da conectividade do sistema, do tamanho da malha e da velocidade média dos comboios.

Problemas

Para os especialistas, a malha ferroviária do país é um sistema com deficiências e dificuldades específicas envolvendo as concessionárias, além da ausência de concorrência no mercado e falhas na interconexão das malhas. Segundo o estudo, as características dos contratos de concessão firmados na década de 1990 geraram esses problemas.

O gerente executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso, disse que uma forma de buscar a recuperação do setor é autorizar a prorrogação antecipada desses contratos de concessão, de forma que as concessionárias passem, a partir da renovação, a serem obrigadas a reservar uma parcela da capacidade instalada da ferrovia para compartilhamento e a investir valores preestabelecidos na melhoria e ampliação das malhas.

“Não renovar os contratos significa prolongar pelos próximos dez anos o reduzido volume de investimento e, consequentemente, os gargalos e trechos saturados disseminados no sistema ferroviário, congelando a atual capacidade de transporte das ferrovias do país”, afirmou Cardoso.

Comentários

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    Sebastião Farias 07/06/2018

    Taí mais um assunto conjuntural e estratégico da nossa mobilidade e competitividade produtiva e comercial, que envergonha a nação, principalmente, porque não aponta responsabilidades das causas. Acho oportuno, sabermos qual o protagonismo das instâncias que compõem a Cadeia de Fiscalização e Controle da aplicação de recursos públicos nessas vias e, por que elas chegaram a esse ponto. Sem dúvidas, o melhor exemplo de integração institucional em benefício do povo, será aquela em que os Vereadores, como outros parlamentares dos municípios, do Estado e da União, a exemplo das denúncias nas gestões públicas, divulgadas pela imprensa, têm atribuição representativa e fiscalizatória em defesa dos cidadãos, através da CF, da CE e da Lei Orgânica dos municípios, para impedirem isso, proativamente, ou em tempo real, individual ou coletivamente, através de suas Comissões Permanentes (Temáticas)-CPs e/ou Comissões de Fiscalização e Controle-CFC's, sob pena de serem responsabilizados por omissão e por prejuízos aos cidadãos. A propósito do assunto, se quiser, é meu entendimento, como leigo no assunto mas, como cidadão, os MP's, se quiserem, podem contribuir muito, para minimizar esses desvios de condutas no Legislativo, orientando e/ou cobrando preventivamente, aos Presidentes e membros dessas Comissões dos Poderes Legislativos, Federal, estadual e municipais, que efetivem suas ações de fiscalização e controle em obras e/ou serviços públicos prestados à população, proativamente e, periodicamente e, em tempo hábil. A corrupção, é produto e resultante, da falta de fiscalização e controle no momento da aplicação dos recursos públicos em benefícios do país. Fico, aí, as nossas sugestões. Sebastião Farias Um cidadão brasileiro nordestinamazônida

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