Março Amarelo – Mês De Conscientização Da Endometriose
Ela é considerada uma das doenças benignas mais frequentes entre as mulheres em idade reprodutiva; segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Março amarelo – Mês de Conscientização da Endometriose ( Canva )
Março Amarelo alerta mulheres do mundo todo sobre a importância de cuidarem da sua saúde. A endometriose é uma doença crônica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva. Mais de 3 milhões de brasileiras têm a sua fertilidade afetada pela doença. Fica o alerta para a saúde da mulher com essa campanha que tem o objetivo de levar conhecimento sobre a importância de buscar acompanhamento médico.
“O diagnóstico precoce da endometriose é fundamental para melhora da qualidade de vida e para não comprometer o futuro reprodutivo da mulher”, afirma o Dr. Rodrigo Romano
Ela é considerada uma das doenças benignas mais frequentes entre as mulheres em idade reprodutiva; segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), somente no Brasil, aproximadamente 7 milhões enfrentam a doença. Calcula-se que, em todo o mundo, 176 milhões de mulheres sofram com a endometriose. Receber o diagnóstico adequado ainda é um desafio comum à maior parte delas.
Trata-se de uma doença inflamatória crônica, que pode provocar sintomas dolorosos, por vezes incapacitantes https://youtu.be/hxsdp-RL4qQ. As estruturas mais comumente afetadas pela endometriose são os ovários – formando endometriomas –, peritônio, tubas uterinas e septo retovaginal, porém, os focos endometrióticos também podem se manifestar no intestino, bexiga, vagina e parede abdominal, embora sejam casos menos comuns. Outra consequência importante do quadro é a infertilidade.
A endometriose afeta principalmente mulheres em idade reprodutiva, período em que a produção de estrogênio é mais intensa e tende a regredir após a menopausa, quando a secreção de hormônios sexuais é interrompida.
Os motivos pelos quais uma mulher desenvolve endometriose ainda não estão completamente esclarecidos, de qualquer forma, considera-se que tanto aspectos genéticos como ambientais estejam envolvidos no aparecimento dos focos endometrióticos, incluindo desequilíbrios hormonais e um aumento no estresse oxidativo, provocado muitas vezes por hábitos cotidianos inadequados, como má alimentação e sedentarismo.
Estima-se que uma em cada quatro mulheres com endometriose não apresente quaisquer sintomas da doença. Os casos sintomáticos, porém, têm potencial para impactar o sistema reprodutivo, o bem estar físico geral e aspectos psicossociais.
Os principais sintomas da endometriose são:
- Dismenorreia;
- Dor pélvica crônica;
- Dispareunia profunda;
- Infertilidade;
- Alterações intestinais;
- Alterações urinárias.
O diagnóstico é feito, principalmente, por exames de imagem, como a ultrassonografia pélvica transvaginal com preparo intestinal ou ressonância magnética nuclear. Além da abordagem expectante, a endometriose também conta com tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico, cujas indicações dependem do grau de avanço da doença e dos desejos reprodutivos da mulher.
A mulher com endometriose que acomete ovários e tubas uterinas pode receber indicação direta para o tratamento com reprodução assistida.
Entre as técnicas de reprodução assistida disponíveis atualmente, as mais adequadas para o tratamento da infertilidade por endometriose são a IA (inseminação artificial) – indicada somente para os casos mais leves – e a FIV (fertilização in vitro), adequada para a maior parte dos casos, por ser o procedimento mais complexo e abrangente.
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