Marcos Rogério: depoimento de auditor do TCU desmonta tese da oposição para incriminar presidente da República

Aqui, apenas tentam desviar o foco, com depoimentos que não vão acrescentar nada no relatório final. Perde-se um tempo precioso que poderíamos estar utilizando para investigar”

Assessoria/Parlamentar
Publicada em 17 de agosto de 2021 às 16:52
Marcos Rogério: depoimento de auditor do TCU desmonta tese da oposição para incriminar presidente da República

O depoimento do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Marques, nesta terça-feira (17.08), na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, desmontou a tese da oposição de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, teria adulterado dados sobre as mortes por Coronavírus no Brasil. A afirmação é do vice-líder do Governo no Congresso, Marcos Rogério (DEM/RO). Ao responder questionamento feito pelo senador, o servidor público confirmou que o documento, não oficial, feito por ele, sobre supernotificação das mortes por Covid, não sofreu qualquer alteração de conteúdo. E, que, o que constava de diferente do documento original, eram apenas grifos e a inclusão da expressão “Tribunal de Contas da União” no cabeçalho da página.

Alexandre Marques contou ainda que o levantamento feito por ele foi compartilhado apenas com colegas de trabalho e com seu pai, Ricardo Silva Marques, responsável por encaminhar o ensaio ao chefe do Executivo Federal. “Pegaram uma fala, fora de contexto, do presidente para tentar atribuir a ele a manipulação de um documento, um ensaio. Ou seja, isso desmonta a tese da oposição. O documento repassado era o mesmo, em conteúdo, do feito pelo servidor, com a diferença do nome do TCU no cabeçalho e dos grifos. É que, às vezes, na busca de se tentar atribuir um crime ao presidente Jair Bolsonaro, os acusadores se antecipam para tentar forjar prova onde não tem prova. Ora, chegaram a falar que o documento foi falsificado na Presidência da República”, criticou Marcos Rogério.

O senador lembrou que a Controladoria Geral da União está averiguando o caso relacionado à supernotificação das mortes por Covid no Brasil, o que mostra que o Governo Federal não teme qualquer tipo de investigação. “Já houve, por parte do presidente, o reconhecimento de que fez uma referência sem cautela, sem se certificar. Não estou dizendo que a divulgação de informações preliminares, em um ambiente como esse, não seja objeto de reflexão e análise. Mas, essa CPI trabalha como se apenas o presidente fosse o responsável por tudo que acontece no tocante à pandemia. Não reconhecem que, se hoje tem vacina chegando no braço dos brasileiros, foi porque o governo comprou e distribuiu”, ressaltou.

Sobre os trabalhos da Comissão Parlamentar, o senador por Rondônia afirmou que membros da oposição erram ao não investigar o que, de fato, precisa ser investigado: o uso dos recursos federais repassados aos estados e municípios para o combate à crise e os casos de corrupção deflagrados pela Polícia Federal nos estados. “A Polícia Federal fez diversas operações no Brasil, prendeu agentes públicos, agentes privados, colheu provas, evidências, instaurou inquéritos, apontou para suspeitas de crimes graves, de corrupção passiva, ativa, de organização criminosa, de desvio de finalidade, mas a CPI não cuida de investigar. Aqui, apenas tentam desviar o foco, com depoimentos que não vão acrescentar nada no relatório final. Perde-se um tempo precioso que poderíamos estar utilizando para investigar”, concluiu Marcos Rogério.

Comentários

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    Kleiton Ayala 18/08/2021

    O presidente Bolsonaro pegou um papel rascunho, sem identificação e preenchido por um imbecil que não tinha o que fazer, editou-o em um formulário do Tribunal de Contas da União e o divulgou como se fosse um documento oficial expedido pelo TCU. Se isso não é crime de falsidade, nobre senador puxa-saco, você terá que refazer seu curso de Direito.

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    DARLENE 18/08/2021

    Se adivinho que esse Senador Marcos Rogério era do partido do Presidente nunca tinha voltado nele, nunca mais voto nele.

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    jose batista 18/08/2021

    Eu nunca vi um político tão pelego e puxa saco como esse Marcos Rogério. Não mede esforços para defender Bolsonaro. Acho que ele tá querendo virar ministro, por isso o defende tanto na CPI. Chega a ser vergonhosa a situação. Até parece que é o paladino da moralidade. A ex esposa dele foi indicada por ele e trabalha no gabinete do efraim cruz na ANEEL. Que vergonha hein senador?

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    dede de melo 17/08/2021

    O que faz um parlamentar, governista, para falsear a verdade é inacreditável. O servidor do TCU foi convocado para ser ouvido por o Presidente da República ter difundido, primeiro no cercadinho, que tinha em mãos um relatório do TCU preliminar, não conclusivo, que os Estados estavam super notificando as mortes por COVID-19 com intuito de receberem mais recursos para pandemia, palavras do cercadinho. Se, se, essa afirmação fosse verdadeira, seria o crime perfeito. Imagino assim: O Governador do Estado convoca seu Secretário de saúde, o Secretário de saúde por sua vez, convoca os Secretários Municipais de Saúde, que convoca os servidores da saúde, principalmente os médicos que assinam os atestados de óbitos, e mais, talvez o corregedor de cartórios de Tribunais de Justiça de cada Estado da Federação, para convocar cada cartorário e todos, num conluio macabro, acertarem que todos os óbitos do momento em diante seria registrado como Covid-19. Pronto, o crime perfeito. O que realmente aconteceu foi que esse auditor do TCU, sabe lá o que lhe moveu, produziu um documento apócrifo, indicando que os números de mortes registrados no Brasil por Covid-19 estavam superestimado para os Estados receberem mais recursos da União e repassou esse " documento" ao seu pai e dai em diante...Nunca houve nenhum estudo no TCU relatando que os Governos Estaduais estavam superestimando seus óbitos por Covid-19, pelo menos por enquanto, inclusive, em nota oficial do próprio TCU negou incisivamente. O próprio auditor disse que ficou indignado quando viu na televisão o tal documento com timbre do TCU. Quanto a CPI fiscalizar Estados e Municípios, isso é uma aberração, primeiro pq não seria possível em seis meses uma CPI do Senado fiscalizar os entes federados, além do mais, os órgãos de controle como TCU, CGU, TCE, MPF, MPE, Assembleia Legislativa, Câmaras Municipais, a PF, PC, além dos Conselhos de saúde tem condições de investigar e, estão fazendo isso pelo que vejo na imprensa. Desculpe, Senador, respeite a dor daquelas famílias que perderam a luta para essa doença, outros que se contaminaram e sofrem sequelas sem ter tratamento adequado. Não generalize. Quanto ao documento em si, não posso afirmar quem alterou ou colocou o timbre do TCU, isso cabe a vocês, membros da CPI, informar a população quem é o responsável. Aguardemos e torcemos que não desvie o foco, como afirmou, desviando para Estados e Municípios que tem órgãos de controle.

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