Médico diz que procedimento estético foi correto e justiça será feita

Ele e mãe foram presos na tarde de ontem (19).

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 20 de julho de 2018 às 11:49
Médico diz que procedimento estético foi correto e justiça será feita

O médico Denis César Barros Furtado fala à imprensa após ser preso e levado para 16° Delegacia de Polícia, na Barra da Tijuca - Fernando Frazão/Agência Brasil

O médico Denis Furtado, acusado pela morte da bancária Lilian Calixto após um tratamento estético nos glúteos, declarou que o procedimento foi feito de maneira correta e que a justiça será feita.

O médico, de 45 anos, foi preso na tarde de ontem (19) em um centro empresarial na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. A mãe dele, Maria de Fátima Furtado, também foi presa.

Eles foram levados para a16ª Delegacia de Polícia. O médico concedeu entrevista aos jornalistas ao lado da delegada Adriana Belém, e de seu advogado, Marcus Braga.

"Foram requisitados todos os exames compatíveis ao risco cirúrgico. O procedimento foi correto, foi lícito. O que a paciente usou de medicamentos lá no [hospital] Barra D'Or, eu não tenho ciência. Eu tenho certeza de que a minha atuação como médico foi correta", disse Denis, conhecido como Dr.Bumbum e que tem vários seguidores em redes sociais. A bancária, que era de Cuiába e foi ao Rio para a cirurgia, foi atendida no hospital no último sábado (14) e morreu no domingo (15).

Segundo Denis Furtado, após o procedimento, Lilian estava lúcida e andando. Também sustentou que o seu ambiente de trabalho, a cobertura onde morava e foi feito o procedimento, tinha condições adequadas para cirurgia, chamada de bioplastia. Ao fim da entrevista, declarou: "A justiça será feita". 

A delegada Adriana Belém disse que ele e a mãe, Maria de Fátima Furtado, serão ouvidos durante a noite e que deverão seguir para o sistema prisional nesta sexta-feira (20).

Ambos foram indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa e tiveram as prisões provisórias decretadas. Se for condenado, o médico poderá pegar até 36 anos de prisão.

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