Médicos pelo Brasil: Jaqueline Cassol defende que médicos formados no exterior sejam incluídos no programa

Deputada vai propor emendas ao texto para corrigir fragilidades e garantir justiça no programa

Assessoria
Publicada em 02 de agosto de 2019 às 17:32
Médicos pelo Brasil: Jaqueline Cassol defende que médicos formados no exterior sejam incluídos no programa

A deputada federal Jaqueline Cassol (PP-RO) recebeu com estranheza a notícia de que o programa Médicos pelo Brasil, lançado nesta quinta-feira (1), pelo Governo Federal, em substituição ao Mais Médicos, não atende os profissionais formados no exterior. A parlamentar anunciou que vai atuar, na Comissão Mista, para corrigir possíveis falhas presentes no texto.

Através de Medida Provisória, o Governo Federal alterou as regras de seleção dos profissionais. Poderão participar do programa apenas médicos com Registro Médico Profissional (CRM). Jaqueline Cassol elogiou a ação do Ministério da Saúde em lançar um novo modelo para o programa, mas criticou a abertura do edital antes da realização da prova do Revalida. “Não é justo que o Governo lance o programa em substituição ao Mais Médicos, sem realizar a prova do Revalida. Muitos médicos, inclusive brasileiros, formados no exterior aguardam essa oportunidade e serão prejudicados se este formato continuar”.

O Texto prevê o aumento na oferta de vagas em regiões remotas, gratificação para médicos lotados em localidades distantes, e alteração na metodologia de escolha dos municípios, para garantir o atendimento em áreas mais vulneráveis. Estão previstas 18 mil vagas. Destas, 13 mil devem estar em municípios avaliados como de difícil provimento, sendo 10 mil no Norte e Nordeste.

No entanto, a deputada Jaqueline Cassol lembrou que o índice de desistência de profissionais com CRM, lotados em regiões remotas, é altíssimo, o que pode prejudicar a população dessas localidades. “Os médicos formados no exterior só querem uma chance de voltar para o Brasil e trabalhar, inclusive onde os que têm CRM renunciam. O pagamento da gratificação para esse profissional é uma estratégia interessante, mas por experiência, sabemos que  pode ser insuficiente”.

A Medida Provisória cria o Bolsa Formação. A ideia é que o médico aprovado no programa receba um auxílio de R$ 12 mil reais para fazer especialização em saúde da família e comunidade. Após esse período o profissional será avaliado e, se aprovado, será contratado pelo Governo, com carteira assinada. O Médicos pelo Brasil cria também a Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (ADAPS), que cuidará da seleção e contratação dos profissionais.

Confira vídeo da defesa da deputada pelo Revalida: https://www.instagram.com/tv/BzMRxKvgwnI/ 

Comentários

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    José Carlos Tartaglia 03/08/2019

    A maioria é formada de maneira ineficiente. Nos últimos anos tivemos avanços com o ENEM (SISU e Processos próprios "UNIR", por exemplo), PROUNI e FIES. O problema maior esta na capacidade ou dedicação aos estudos para passar em vestibulares ou nos programas já descritos. Fazem internato em um ano e muitas vezes no Brasil como estágio em postos de saúde. Formar médicos é coisa séria, agora premiar a educação ruim não é o caminho. Temos médicos que conseguiram revalidar seus diplomas, não mais que 5% dos formados na Argentina, Paraguai e Bolivia. Nesse total ainda há indícios de facilitação, como é o caso da UFMT, onde o reprovado após fazer a complementação que custa entre 70 e 100 mil reais recebia o certificado sem precisar de nova prova. Isso foi suspenso. Vejo jovens e pais das diversas classes sociais se queixando do CFM, ao invés de term investido na educação dos seus filhos no tempo certo. Filho de fazendeiro com mandado de segurança parece mais incapacidade que falta de poder aquisitivo para custear boas Escolas e até mesmo a Faculdade. Conheço filha de zelador fazendo medicina pelo PROUNI e filhos de empresários, fazendeiros e pasmem Professores se lamentando contra o CFM e o governo, a diferença esta na capacidade e dedicação, e de resto vão se dedicar para depois reclamar. estudam em Faculdades que oferecem 400 vagas por ano sem critério de admissão e ainda querem proteção. Vão estudar, de verdade.

  • 2
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    Carlos Puruna 03/08/2019

    Infelizmente o tal do CFM continua dando as cartas. Corporativismo e Reserva de Mercado.

  • 3
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    André D'Orazio 02/08/2019

    Vai o mesmo da mesma coisa. Simples assim. A saída real é a entrada dos médicos formados no exterior. É a lógica, eles estão prontos para tudo. Mas o CFM continua dando as cartas. Aff.

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