Metodologia para produção de silagem com capim capiaçu é demonstrada pela Emater a produtores rurais

A metodologia foi aplicada em uma propriedade rural do Projeto de Reassentamento Santa Rita, em Porto Velho

Wania Ressutti Fotos: Dionizio Queiroga-EMATER-RO Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 27 de março de 2021 às 09:03
Metodologia para produção de silagem com capim capiaçu é demonstrada pela Emater a produtores rurais

O capiaçu vem se apresentando com rico valor nutricional e menor custo ao produtor rural

O Governo de Rondônia, por meio da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) reuniu técnicos, agricultores e acadêmicos dos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária de um centro universitário de Porto Velho para a realização de uma Demonstração de Métodos (DM) para confecção de silagem.

A metodologia foi realizada em uma propriedade, localizada no quilômetro oito do Projeto de Reassentamento Santa Rita, em Porto Velho. O capim capiaçu foi utilizado por apresentar vantagens no volume e na redução de custos com a dieta do animal no período da estiagem.

A DM é uma metodologia aplicada ao serviço de assistência técnica e extensão rural que tem por objetivo promover o desenvolvimento adequado de técnicas, conhecidas e comprovadas, por meio de pesquisas, para que pessoas possam aprender e desenvolver as habilidades, seja executando ou repassando o conhecimento a terceiros. É uma metodologia considerada eficiente, pois leva a informação técnica aos interessados, ao mesmo tempo em que oferece oportunidade para que o beneficiário “aprenda a fazer fazendo”.

A propriedade tem como atividade principal a bovinocultura leiteira. Em outubro de 2020, o produtor rural, Enock Cassimiro de Abreu, plantou o capim capiaçu, no intuito de formar silos e minimizar problemas com a alimentação de seus animais que sentiram a escassez de alimento em anos anteriores devido ao período da estiagem. Aproveitando a momento para confecção de silagem, o extensionista da Emater, zootecnista José Renato Aves, realizou a DM, convidando outros agricultores para que pudessem observar e aprender a técnica correta.

O capiaçu, é uma variedade do capim-elefante, apresenta rico valor nutricional e menor custo ao produtor rural, que vem sendo produzida em campo experimental, no Centro de Treinamento da Emater (Centrer), em Ouro Preto do Oeste, onde o produtor interessado pode retirá-la gratuitamente para plantar em sua propriedade.

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A variedade vem sendo produzida em campo experimental, no Centro de Treinamento da Emater em Ouro Preto Do Oeste

Estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre o capiaçu já demonstraram que a variedade clonada tem melhor rendimento e baixo custo de produção para o produtor. A espécie produz 50 toneladas ao ano por hectare, desde que os cuidados de manejos sejam respeitados, sendo essa a expectativa apresentada pelo técnico José Renato na propriedade de Enock Cassimiro. “A área que foi plantada de aproximadamente um hectare de capiaçu deverá produzir de 50 a 60 toneladas de silagem”, enfatiza o técnico.

O zootecnista afirma ainda, que o capiaçu tem como vantagem o aumento no volume de massa, visando suprir as necessidades alimentares dos animais no período de escassez e que o objetivo da DM foi demonstrar como produzir o alimento e conservá-lo para ser usado no período da seca, estação que mais falta alimento aos animais. Outra vantagem está na diminuição do custo com ajuste de dieta no cocho do animal em produção leiteira. O manejo de cocho visa promover o consumo ideal da dieta para obter a melhor eficiência dos bovinos e por consequência trazer a maior rentabilidade, sendo o capiaçu rico em nutrientes, o que contribui para uma maior eficiência alimentar.

Segundo Dionizio Queiroga, gerente do escritório local da Emater, em Porto Velho, a capacitação, por meio da Demonstração de Métodos teve duração de dois dias, onde os participantes trabalharam ativamente, realizando a roçagem e o ensilamento. Foram capacitadas cinco famílias do Projeto de Reassentamento Santa Rita, além dos acadêmicos e extensionistas da Emater que levarão a técnica a outros produtores rurais.

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