Para ocupar uma cobiçada cadeira neste prédio, o candidato depende de votos, mas, para obtê-los, necessita, antes, de uma boa legenda partidária

Se existe uma legenda com boas perspectivas para as eleições proporcionais deste ano em Rondônia é o PRB, ou simplesmente Republicanos.

O partido da Igreja Universal do Reino de Deus quer superar 2018 e fazer quatro ou mais deputados estaduais, ampliando o número de  cadeiras conquistadas nas eleições daquele ano à Assembleia Legislativa.  

Em Rondônia, cada partido poderá lançar até 25 candidatos ao Legislativo Estadual e nove à Câmara dos Deputados. As coligações proporcionais estão vedadas pela legislação eleitoral, o que equivale a dizer: é cada um por si e Deus contra todos.

Mas voltemos à maré favorável ao Republicanos rondoniense.

 Mudanças recentes, operadas de cima para baixo na legenda, atraem pré-candidatos que acreditam na oportunidade  de obter um mandato pela agremiação.

O deputado estadual Cabo Jhony Paixão caiu em desgraça e deve buscar outro partido,  se quiser tentar um segundo mandato. O parlamentar foi abatido pela Operação “O Chamado”, deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil.

O cabo deputado é investigado por suposto envolvimento em organização criminosa que, segundo a polícia, operava usando emendas do parlamentar em contratações fraudulentas em obras de  reformas  escolares. E também a prática de rachadinha e contratação de funcionários fantasmas no gabinete na Assembleia Legislativa.

Já o deputado estadual Alex Silva, que tinha como base de sustentação a Universal do Reino de Deus, foi abandonado pela igreja, que pretende lançar outro candidato, o também pastor Ivanildo dos Santos Gonçalves.

Pelo menos o Cabo Paixão deve se retirar do partido na janela partidária que se abrirá entre 3 de março e 1º de abril, sem perda do mandato.

O Republicanos, que é presidido em Rondônia pelo deputado estadual Alex Redano, está com pelo menos 30 nomes de vereadores, empresários, ex-deputados, lideranças de diversos setores e prefeitos do interior que desejam ingressar na legenda na expectativa de conquistar uma cadeira na ALE ou na Câmara.

O partido pretende pelo menos repetir o feito de 2018, quando elegeu três deputados estaduais, mas, neste ano, favorecido pela conjuntura eleitoral, poderá superar este número.

O Republicanos estadual deve receber mais de R$ 5 milhões do Fundo Eleitoral para financiar as eleições de 2022, e, assim, alavancar as candidaturas tanto para deputado estadual quanto a deputado federal.

Com tanto dinheiro em caixa, uma experiência bem-sucedida em 2018  e as bençãos de Edir Macedo, a corrida por uma vaga no Republicanos está apenas começando. Mas, como diz  Jesus em Mateus  22:14,  muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos.