MP e Receita fazem operação contra sonegação na venda de produtos do Rock in Rio

As investigações começaram depois que o serviço de inteligência do fisco identificou a criação fraudulenta de várias pequenas empresas enquadradas no regime tributário Simples Nacional, com objetivo de diluir as operações financeiras do grupo e pagar menos impostos.

Tâmara Freire - Repórter do Radiojornalismo*
Publicada em 26 de setembro de 2017 às 15:29
MP e Receita fazem operação contra sonegação na venda de produtos do Rock in Rio

O Ministério Público e a Receita Estadual do Rio de Janeiro cumprem hoje (26) três mandados de busca e apreensão em empresas licenciadas para comercializar produtos oficiais do festival Rock in Rio. O evento acabou no último domingo (24) e reunião milhões de pessoas.

Batizada de SimplesMENTE, a operação busca colher provas para sustentar a denúncia de sonegação de mais de R$ 4 milhões em imposto estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS). As investigações começaram depois que o serviço de inteligência do fisco identificou a criação fraudulenta de várias pequenas empresas enquadradas no regime tributário Simples Nacional, com objetivo de diluir as operações financeiras do grupo e pagar menos impostos. O MP conseguiu demonstrar que todas estão ligadas ao mesmo grupo, o Angra Marcas & Merchandising, que ainda não se pronunciou sobre a operação.

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O Simples foi criado como um regime tributário diferenciado para empresas com receita bruta anual limitada. A meta era facilitar a relação das micro e pequenas empresas com o fisco. O regime também descomplica o cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias.

A Agência Brasil entrou em contato com a Angra Marcas & Merchandising por e-mail e por telefone e aguarda posicionamento sobre a denúncia. As empresas venderam no Rock in Rio mais de 700 produtos oficiais com a marca do festival como bonés, copos e chaveiros, em diversos pontos espalhados pela cidade e no Parque Olímpico da Barra, onde ocorreram as apresentações de atrações nacionais e internacionais.

Os mandados foram expedidos pela 43ª Vara Criminal da Capital e são cumpridos pela Polícia Civil nas sedes das sete empresas envolvidas e em um escritório de contabilidade.

*Colaborou Isabela Vieira

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