MPE apura responsabilidade do município e do estado na conservação e uso da EFMM

Com meses de atraso, peças do acervo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) ainda abandonadas em uma parte do pátio lateral do Complexo Ferroviário devem ser retiradas pela Prefeitura.

Por George Telles
Publicada em 05 de abril de 2018 às 09:05
MPE apura responsabilidade do município e do estado na conservação e uso da EFMM

Porto Velho, RO – Com meses de atraso, peças do acervo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) ainda abandonadas em uma parte do pátio lateral do Complexo Ferroviário devem ser retiradas pela Prefeitura. A decisão é do Ministério Público do Estado (MPE).

Além disso, de acordo com 6º Promotoria de Justiça, o município é obrigado, ainda, “finalizar a limpeza das locomotivas, de imediato. Além de limpar toda a área entre o prolongamento da Avenida Sete de Setembro até a Rua João Alfredo, num prazo de 90 dias”, vencidos no mês de março passado.

A decisão diz ainda que devem ser retirados pelo município, de imediato, “todos os sedimentos do interior do Galpão 3 acumulados ao longo dos anos, bem como providenciar a sua limpeza total num prazo de 60 dias”, também uma decisão adiada no período.

Dentro das decisões tomadas pelo MPE figuram, ainda que a prefeitura deve limpar a Usina de Força (prédio pequeno entre a oficina e a Rua João Alfredo, em 60 dias. Além de remover as peças que estão no fundo do pátio, próximo à rua João Alfredo, que devem ser colocadas dentro da oficina, medida tomada em consideração à luta protagonizada pela Associação dos Ferroviários.

Nesse aspecto, a Promotoria considerou a ação empreendida pela entidade, à frente do Vice-Presidente Georges Telles Menezes, que ficara com a missão de verificar o que “pode ser guardado e o que pode ser descartado ou não no período de 60 dias”.

Na condição de compromissário, a 6ª Promotoria de Justiça (MPE) estabeleceu, contudo, que, “deverá efetuar a título de indenização por dano moral coletivo, mediante a realização das providências, especificamente na manutenção do patrimônio da Estrada de Ferro Madeira Mamoré”, conforme proposta apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN).

Ao governo do Estado, decidiu a 6ª Promotoria de Justiça, “fica este compromissado em criar um Departamento de Patrimônio Histórico, cuja finalidade é tratar de assuntos pertinentes ao tema como tombamento, preservação e políticas públicas com uma equipe técnica que envolva arquitetos, historiadores, pedagogos (educação patrimonial), arqueólogo e outros cargos que julgarem necessários”, arrematou Georges Teles Menezes.

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