MPF denuncia 16 investigados por desvios em fundos de pensão
A denúncia apresentada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro aponta Arthur Machado como o chefe de organização criminosa.
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou à Justiça 16 investigados na Operação Rizoma, que apurou desvios que causaram prejuízos com investimentos malsucedidos nos fundos de pensão, entre eles o dos Correios (Postalis) e do Serpro (Serpos). A informação foi divulgada em nota do MPF nessa terça-feira (15).
Foram denunciados Arthur Machado, Patrícia Iriarte, Alessandro Laber, Cláudio de Souza, Vinícius Claret, Edward Penn, Adeilson Telles, Henrique Barbosa, Marta Coerin, João Vaccari Neto, Wagner Pinheiro, Ricardo Rodrigues, Carlos Alberto Pereira, Marcelo Sereno, Milton Lyra e Márcio Ramos. Eles serão investigadas pelo crime de lavagem de ativos, evasão de divisas, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e organização criminosa.
A denúncia apresentada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro aponta Arthur Machado como o chefe de organização criminosa formada para lesar os cofres de fundos de pensão e obter proveitos financeiros de investimentos realizados nas empresas pertencentes ao seu grupo econômico ou que possuem sua participação.
O núcleo operacional é formado por pessoas ligadas aos dirigentes dos fundos de pensão que recebiam as vantagens indevidas para garantir os aportes de recursos nas empresas de Arthur Machado. Adeilson Telles, na condição de chefe de gabinete do então presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, atuava como intermediador dos investimentos dos fundos de pensão Serpros, Refer e Postalis e acertou com Arthur Machado o pagamento de propina de R$ 1 milhão, destinada a João Vacarri Neto.
A Operação Rizoma foi um desdobramento das operações Eficiência, Hic et Ubique e Unfair Play.
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