MPF obtém pena mais dura para réu que mantinha em cativeiro pássaro ameaçado de extinção
Na lista das espécies ameaçadas, o pássaro bicudo foi encontrado em gaiola durante Operação Cipó.
Bicudo, pássaro ameaçado de extinção. Foto: Dênio Simões/ Agência Brasilia
A pedido do Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal Regional Federal (TRF3) aumentou a pena de um réu que mantinha em sua residência, em cativeiro, sem autorização ambiental, um pássaro bicudo. A Lei de crimes ambientais (Lei 9.605) prevê o agravamento da pena quando se trata de espécie rara ou ameaçado de extinção. O bicudo – nome científico sporophila maximiliani – está relacionado na lista de espécies ameaçadas.
A segunda instância aumentou a pena para 2 anos de reclusão e 9 meses de detenção (veja aqui a diferença entre reclusão e detenção), a ser substituída por prestação de serviços à comunidade e pagamento de um salário mínimo à União. O valor da multa, que serácalculado na execução da pena, também aumentou. Ele havia sido condenado pela primeira instância a 2 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto.
O réu, Carlos Roberto da Silva, foi alvo da Operação Cipó, destinada ao combate de crimes contra a fauna. Em 2012, em mandado de busca e apreensão, policiais federais e militares encontraram em sua casa, no município de Diadema (SP), um pássaro bicudo dentro de uma gaiola, com anilha falsificada. Interceptação telefônica autorizada judicialmente revelou um diálogo em que Silva oferece o pássaro ao interlocutor por R$ 1.300,00.
O aumento da pena, para casos como esse, visa punir mais severamente a torpeza de quem pratica delito contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, sustentou a procuradora regional da República da 3ª Região (PRR3) Adriana Scordamaglia.
Processo
Banda do Vai Quem Quer abre a sede nesta sexta
Apenas três mil camisas do bloco estarão a venda este ano.
Consumo de energia fecha 2018 com aumento de 1,1%
A Região Norte fechou o ano com queda acumulada de energia demandada à rede da ordem de 5,8%.
“Não é possível não sentir essa dor”, diz Raquel Dodge
Procuradora recomenda soluções extrajudiciais para Brumadinho.
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook