MPRO obtém condenação de grupo envolvido com tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro

As apurações revelaram um esquema milionário e um organograma altamente organizado para lavar o dinheiro vindo do tráfico de cocaína

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)
Publicada em 10 de julho de 2023 às 10:36
MPRO obtém condenação de grupo envolvido com tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro

O Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve a condenação de integrantes de um grupo criminoso responsável pelo tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. O julgamento aconteceu na última semana na 2ª Vara de Delitos de Tóxicos em Porto Velho. Conforme a sentença proferida pelo juiz Paulo Fabrício, as penas somadas ultrapassam 130 anos de prisão e R$ 4,5 milhões em multas, além da perda de bens em valor aproximado de R$ 5 milhões.

Os réus foram investigados no âmbito da Operação Fortress, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2017. As apurações revelaram um esquema milionário e um organograma altamente organizado para lavar o dinheiro vindo do tráfico de cocaína.

Conforme denúncia apresentada pelo MPRO em 2017, o grupo tinha sede principal em Porto Velho e contava com dois núcleos nos estados do Ceará e Mato Grosso. Essas três bases eram usadas para a aquisição das drogas, o transporte dos entorpecentes, que era feito por meio de automóveis, caminhões e aeronaves, e a organização para encobrir o dinheiro adquirido. Para a lavagem do capital, o grupo passou a comprar imóveis, aviões e veículos de luxo.

A denúncia oferecida pelo MPRO lista o envolvimento direto ou indireto de pelo menos 40 integrantes da organização criminosa e os principais flagrantes dos crimes, entre eles a apreensão de 180kg de cocaína em Vilhena/RO, em janeiro de 2017; a apreensão de 140kg de cocaína em Porto Velho/RO e a descoberta de 239kg de cocaína no aeroporto de Juara/MT, ambos em agosto de 2017.

A denúncia foi assinada pela Promotora de Justiça Lisandra Vanneska Monteiro Nascimento Santos. Na fase de alegações finais atuou o então Promotor de Justiça Marcelo Lima de Oliveira e o Promotor de Justiça Marcelo Lincoln Guidio é o responsável pela atuação na fase recursal, inclusive interpondo embargos de declarações.

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