Na Pandemia, caso Energisa volta

A proposta, que ainda está sendo analisada na Assembleia Legislativa, dá descontos de juros e multas à empresas que tenham débitos mais antigos com o Estado

Sérgio Pires
Publicada em 31 de maio de 2020 às 11:43
Na Pandemia, caso Energisa volta

O tema que envolve a renegociação de dívidas do Estado com empresas devedoras (e são dezenas, não apenas a Energisa, que as herdou da antiga Ceron), pode estar votando à pauta, ainda mais num momento em que a arrecadação do Estado cai muito, por causa da crise do corona vírus. A proposta, que ainda está sendo analisada na Assembleia Legislativa, dá descontos de juros e multas à empresas que tenham débitos mais antigos com o Estado e mesmo alguns mais recentes, dependendo do montante a ser pago. Claro que a questão da Energisa é a que causa mais polêmica, mas é importante destacar que não só ela seria atendida nos seus interesses, caso a proposta fosse aceita, com redução de até 80 por cento de juros e multas. Poderia entrar nos cofres da Sefin, numa só tacada, um grande volume de dinheiro, já que, com várias questões judicializadas, não se sabe quanto tempo se poderia ter que esperar para receber as quantias e nem se a Justiça decidiria a favor do Estado.

RENEGOCIAÇÃO PODE ALIVIAR COFRES DO ESTADO

No caso da nova empresa de distribuição da energia elétrica no Estado, a proposta inclui um pagamento cash, ou seja, à vista, de 750 milhões de reais, de uma dívida de 1 bilhão e 300 milhões, aproximadamente. Nela, estariam incluídos ainda cerca de 350 milhões que a Caerd devia à Ceron. Ou seja, não seria, ao menos aparentemente, um mau negócio. A questão é que a opinião pública, com informações que nunca foram claras, se voltou contra a empresa e contra a renegociação. Houve forte pressão para que o projeto não fosse aprovado. Talvez o caso seja repensado, agora que há explicações mais concretas e num momento em que os cofres estaduais estão sendo duramente atingidos com queda de arrecadação, por causa da pandemia e da economia muito prejudicada.  Com 750 milhões nos cofres – afora os valores que receberiam de dezenas de outras empresas – o Estado certamente teria uma situação financeira menos complicada, no segundo semestre do ano. Vamos aguardar para ver no que vai dar essa história!

Comentários

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    Rosivaldo Nunes 02/06/2020

    É por essas e outras que o empresariado brasileiro, na sua maioria, não paga seus tributos em dia. Atrasam, sonegam, e vão tentando impor prejuízos ao erário. Sabem que, cedo ou tarde, são contemplados com descontos ou até isenções criminosas por parte do Estado. País de gente ladra, indecente e corrupta. Luciano Hang é um exemplo claro. A Energisa, idem.

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