Nomeação da Bailarina da Praça é ato de justiça cultural em Porto Velho; PM ainda deve um pedido de desculpas

Que esse exemplo inspire mais ações em prol da cultura e da justiça social. E que a PM faça o que ainda não fez: um pedido de desculpas à altura da grandeza da Bailarina da Praça

Fonte: RUBENS COUTINHO, EDITOR DO TUDORONDONIA - Publicada em 21 de março de 2025 às 11:59

A ação vergonhosa e truculenta da Polícia Militar de Rondônia ainda está a merecer um pedido de desculpas do Comando da Corporação

A recente nomeação de Elielza Ramos Freire, carinhosamente conhecida como Bailarina da Praça, para um cargo na Assessoria Geral de Governo da Prefeitura de Porto Velho, é mais do que um gesto simbólico: trata-se de um reconhecimento legítimo e histórico à trajetória de uma das figuras mais queridas da capital rondoniense. A ação do prefeito Léo Moraes não apenas valoriza a cultura popular, como também responde a um clamor coletivo, refletido na expressiva repercussão positiva nas redes sociais.

Conhecida por sua presença marcante em praças e eventos públicos desde os anos 1990, a Bailarina da Praça representa a arte acessível, espontânea, movida pela alegria e pela fé, e não por interesses ou status. Sem ser política, influencer, empresária ou "doutora", ela conquistou, com passos de dança e generosidade, um espaço perene no imaginário popular de Porto Velho. Sua imagem se tornou um verdadeiro símbolo de resistência cultural.

Ao nomeá-la oficialmente, o prefeito Léo Moraes rompe com a lógica do prestígio institucional tradicional, valorizando o que realmente importa: a conexão genuína com o povo, a dedicação ao bem comum e a representatividade cultural. A fala do prefeito resume esse reconhecimento: “Com sua dança, alegria e amor por Porto Velho, ela marcou gerações e é um patrimônio histórico da nossa capital”.

A Bailarina da Praça, mãe de três filhos e avó de cinco netos, enfrentou uma luta difícil contra o câncer e saiu vitoriosa, fortalecida por sua fé e pela solidariedade popular. Agora, com 55 anos, ela celebra não apenas sua saúde recuperada, mas uma conquista profissional inédita: “Depois de tantos anos, agora a Bailarina é funcionária do prefeito, isso não é uma alegria muito grande?”.

Além disso, a nomeação se torna ainda mais significativa diante de um episódio que feriu profundamente o sentimento coletivo: em 2023, durante o desfile cívico de 7 de Setembro, a Bailarina foi expulsa à força pela Polícia Militar enquanto se apresentava. O episódio gerou ampla revolta nas redes sociais, com críticas à atuação da PM, considerada desrespeitosa e injustificável diante de uma manifestação pacífica e tradicional.

Diante da reparação moral promovida pela Prefeitura, a ausência de um pedido de desculpas oficial por parte do comando da Polícia Militar de Rondônia ainda ecoa negativamente. A cidade viu, estarrecida, uma artista popular ser tratada com truculência em um evento público – e até hoje aguarda que a corporação reconheça o erro e se desculpe publicamente. Ainda é tempo.

A trajetória da Bailarina da Praça foi homenageada recentemente pelo Bloco Pirarucu do Madeira, que a escolheu como tema do desfile carnavalesco deste ano: “A Dança da Resistência”. A escolha celebra sua arte como ferramenta de transformação social e reforça seu papel como ícone da cultura popular portovelhense.

A nomeação de Elielza - SIM, É VERDADE: ESTE É O NOME DA NOSSA QUERIDA BAILARINA - é um passo importante na valorização de quem representa o povo em sua forma mais simples e verdadeira. E é também um lembrete: respeito e reconhecimento não dependem de títulos, mas de trajetória, entrega e amor pela cidade. Que esse exemplo inspire mais ações em prol da cultura e da justiça social. E que a PM faça o que ainda não fez: um pedido de desculpas à altura da grandeza da Bailarina da Praça.

Nomeação da Bailarina da Praça é ato de justiça cultural em Porto Velho; PM ainda deve um pedido de desculpas

Que esse exemplo inspire mais ações em prol da cultura e da justiça social. E que a PM faça o que ainda não fez: um pedido de desculpas à altura da grandeza da Bailarina da Praça

RUBENS COUTINHO, EDITOR DO TUDORONDONIA
Publicada em 21 de março de 2025 às 11:59

A ação vergonhosa e truculenta da Polícia Militar de Rondônia ainda está a merecer um pedido de desculpas do Comando da Corporação

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A recente nomeação de Elielza Ramos Freire, carinhosamente conhecida como Bailarina da Praça, para um cargo na Assessoria Geral de Governo da Prefeitura de Porto Velho, é mais do que um gesto simbólico: trata-se de um reconhecimento legítimo e histórico à trajetória de uma das figuras mais queridas da capital rondoniense. A ação do prefeito Léo Moraes não apenas valoriza a cultura popular, como também responde a um clamor coletivo, refletido na expressiva repercussão positiva nas redes sociais.

Conhecida por sua presença marcante em praças e eventos públicos desde os anos 1990, a Bailarina da Praça representa a arte acessível, espontânea, movida pela alegria e pela fé, e não por interesses ou status. Sem ser política, influencer, empresária ou "doutora", ela conquistou, com passos de dança e generosidade, um espaço perene no imaginário popular de Porto Velho. Sua imagem se tornou um verdadeiro símbolo de resistência cultural.

Ao nomeá-la oficialmente, o prefeito Léo Moraes rompe com a lógica do prestígio institucional tradicional, valorizando o que realmente importa: a conexão genuína com o povo, a dedicação ao bem comum e a representatividade cultural. A fala do prefeito resume esse reconhecimento: “Com sua dança, alegria e amor por Porto Velho, ela marcou gerações e é um patrimônio histórico da nossa capital”.

A Bailarina da Praça, mãe de três filhos e avó de cinco netos, enfrentou uma luta difícil contra o câncer e saiu vitoriosa, fortalecida por sua fé e pela solidariedade popular. Agora, com 55 anos, ela celebra não apenas sua saúde recuperada, mas uma conquista profissional inédita: “Depois de tantos anos, agora a Bailarina é funcionária do prefeito, isso não é uma alegria muito grande?”.

Além disso, a nomeação se torna ainda mais significativa diante de um episódio que feriu profundamente o sentimento coletivo: em 2023, durante o desfile cívico de 7 de Setembro, a Bailarina foi expulsa à força pela Polícia Militar enquanto se apresentava. O episódio gerou ampla revolta nas redes sociais, com críticas à atuação da PM, considerada desrespeitosa e injustificável diante de uma manifestação pacífica e tradicional.

Diante da reparação moral promovida pela Prefeitura, a ausência de um pedido de desculpas oficial por parte do comando da Polícia Militar de Rondônia ainda ecoa negativamente. A cidade viu, estarrecida, uma artista popular ser tratada com truculência em um evento público – e até hoje aguarda que a corporação reconheça o erro e se desculpe publicamente. Ainda é tempo.

A trajetória da Bailarina da Praça foi homenageada recentemente pelo Bloco Pirarucu do Madeira, que a escolheu como tema do desfile carnavalesco deste ano: “A Dança da Resistência”. A escolha celebra sua arte como ferramenta de transformação social e reforça seu papel como ícone da cultura popular portovelhense.

A nomeação de Elielza - SIM, É VERDADE: ESTE É O NOME DA NOSSA QUERIDA BAILARINA - é um passo importante na valorização de quem representa o povo em sua forma mais simples e verdadeira. E é também um lembrete: respeito e reconhecimento não dependem de títulos, mas de trajetória, entrega e amor pela cidade. Que esse exemplo inspire mais ações em prol da cultura e da justiça social. E que a PM faça o que ainda não fez: um pedido de desculpas à altura da grandeza da Bailarina da Praça.

Comentários

  • 1
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    geraldo 23/03/2025

    PM.? SEM COMENTARIO

  • 2
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    Antonio Jose 22/03/2025

    Justo, mais do que justo.

  • 3
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    CARLSON LIMA 22/03/2025

    Resumindo: As personalidades do texto são; a bailarina da praça e o prefeito Léo Moraes. Já os outros atores podem ser considerados nada ou simplesmente invisíveis. Parabéns a bailarina da praça, ao prefeito eleito em 2024 e aos comentários dos senhores João/Robson e da senhora Gilzelia que defini politicamente o resumo central do texto do Jornalista Rubens Coutinho.

  • 4
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    Lucas 22/03/2025

    Acredito piamente na ilegalidade desta contratacao. O que essa senhora vai entregar ao serviço publico? Dancinhas? Me poupe.

  • 5
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    Gilzelia Sousa 21/03/2025

    É hora do fraco coronel Rocha vir a público pedir desculpas pelo crime cometido contra a BAILARINA DA PRAÇA no dia 7 de setembro de 2023, já que ele é pm e o maiorr cargo público do estado de Rondônia. Se Sérgio Gonçalves sair na frente e pedir essa desculpa merecida a essa jovem senhora, o governo Rocha cai porque a ALE é famigerada e os Gonçalves querem o poder.

  • 6
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    robson 21/03/2025

    O TCE E MPE deveriam verificar acerca da legalidade da contratação com dinheiro público de servidores em cargos comissionados, se eles realmente estão exercendo com competência as funções de assessoria, chefia ou direção ou se trata apenas de cabide de emprego, com objetivo de garantir voto futuro.

  • 7
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    João Cavernoso 21/03/2025

    A bailarina da Praça não é cultura coisíssima nenhuma. Cultura de quê mesmo? Cultura é outra coisa. Ela é apenas uma pessoa folclórica, divertida, bem humorada. Mesmo assim, ela merece tal homenagem do prefeito Léo Moraes. É uma pessoa de boa índole, é brincalhona e sempre alegrou muitos momentos na cidade. Já a PM de Marcos Rocha só obedece ordens. É truculenta e violenta mesmo como toda polícia. E como PM não entende nada de CULTURA nem de FOLCLORE, desceu o PAU na pobre e risonha mulher que estava ali só alegrando as pessoas. Mas a PMRO viu perigo iminente na atitude da pobre coitada. Coisas de Rondônia.

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