Nossa economia reage no pós pandemia: menor inflação em 42 anos, desemprego em queda, PIB de 2 por cento e exportações cada vez maiores

Somos, nesse momento, uma ilha de crescimento num mar de problemas, ainda causados pela tenebrosa pandemia

Sérgio Pires
Publicada em 10 de agosto de 2022 às 20:04
Nossa economia reage no pós pandemia: menor inflação em 42 anos, desemprego em queda, PIB de 2 por cento e exportações cada vez maiores

Não há como esconder que há alguma coisa no ar, neste Brasil de 2022, além dos aviões de carreira, como dizia o famoso Barão de Itararé, o humorista que se deu a si mesmo o título de baronato, como se fosse herói de uma batalha que nunca aconteceu. Depois de dois anos de uma pandemia devastadora para a economia do Planeta, o Brasil tem surgido como um dos poucos países que recupera sua economia numa velocidade impressionante. Na contramão dos seus vizinhos (Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela, Paraguai, Uruguai, apenas citando alguns vizinhos) nossa economia se tornou algo fora deste Planeta de más notícias, de inflação muito alta, de combustíveis nas alturas, de desemprego. Sobre a inflação: enquanto as economias consideradas entre as mais sólidas do Planeta, como a americana e a do Reino Unido se assustam com números de inflação alta e perigos no ar, por aqui os percentuais surpreenderam. Neste mês de julho, o Brasil teve a menor inflação em 42 anos. Na verdade, foi uma deflação. Significa que os preços de junho foram 0,68 por cento mais altos que os de julho, no que o consumidor pagava antes e paga agora. Outra questão fundamental para a economia: a previsão do PIB, que era de pouco mais de 0,4 por cento, já subiu para algo em torno de 2 por cento, um número extremamente positivo. Mas há outros índices que apontam para melhorias na conjuntura política, mesmo que não se possa garantir que tudo continuará sendo positivo depois do final deste ano. Outro indicador altamente positivo do crescimento econômico é o crescimento do emprego. Há três anos, depois da saída de Dilma Rousseff, da posse e do curto período de governo de Michel Temer, havia 14 milhões de desempregados. No mês passado, este número apavorante (que continua enorme, mas decrescendo), andava para baixo dos 10 milhões. Há ainda o caso dos combustíveis. Só para exemplificar: em algumas regiões do país, a queda nos preços da gasolina chegou a mais de 15 por cento. Mas em Rondônia e especificamente em Porto Velho, já bateu nos 30 por cento a menos e, melhor, com tendência de queda. Não fossem as medidas de corte dos tributos, o porto-velhense, que está pagando menos de 5,20 reais o litro, já estaria pagando mais de 8,50.

As boas notícias não param. Nesta semana, começaram a ser injetadas as primeiras parcelas dos mais de 90 bilhões de reais do Auxílio Brasil, que ajudarão a mais de 18 milhões de brasileiros, o que significa oito por cento do total da população do Brasil, apoiadas por um programa social inédito. As exportações brasileiras já chegam a 200 países. Só em julho deste ano, no comparativo com o mesmo mês de 2021, as vendas ao exterior cresceram nada menos do que 23 por cento, somando, em 30 dias, nada menos do que 30 bilhões de dólares, contra 25 bilhões de importações. Ou seja, em julho, o balanço positivo da balança comercial foi de 5 bilhões de dólares. Somos, nesse momento, uma ilha de crescimento num mar de problemas, ainda causados pela tenebrosa pandemia. 

CASO CASSOL VAI AO PLENO DO STF NESTA SEXTA: MINISTROS VÃO JULGAR VALIDADE DA LIMINAR CONCEDIDA PARA QUE ELE DISPUTE O GOVERNO

Não deu outra! Tão logo saiu a decisão do ministro do STF, Nunes Marques, concedendo liminar a Ivo Cassol para que ele pudesse sair da convenção do seu partido, o PP, como candidato ao Governo, as movimentações dos seus adversários começaram, tanto em Rondônia quanto em Brasília. Ao mesmo tempo, por iniciativa da vice-procuradora geral da República, Landôra Araújo, foi pedida a cassação da liminar ao STF, num recurso que reivindicava que, ao menos, houvesse uma decisão do pleno do Tribunal, sobre o assunto. Mesmo que, em casos semelhantes, um recurso como esse possa demorar meses, quando não anos, houve aceitação quase imediata e o caso Cassol entra na pauta já nesta sexta-feira, dia 12. Embora nas redes sociais e em alguns sites já houvessem afirmações de que a liminar tivesse sido cassada, nada há de verdade nisso. Um dos advogados de Cassol explicou que o que estará em julgamento, nesta sexta, será o agravo regimental, em relação à tutela de urgência, sobre a liminar deferida. A nova decisão pode afetar a liberação da candidatura de Cassol? Pode. Como também pode confirmá-la, mantendo a posição já anunciada pelo ministro Nunes Marques. A decisão para que o assunto fosse votado pelos ministros, partiu da ministra Carmem Lúcia, atendendo pedido da PGR e foi acatada pelo próprio relator, o ministro que concedeu a liminar. Nunes Marques, aliás, foi quem sugeriu a data da apreciação do caso. O STF julga a ação durante o dia, por meio virtual, mas o horário exato não está pautado. Com a decisão da maioria dos ministros, que aceitaram (conheceram, na linguagem jurídica) a questão de ordem sobre o assunto, os votos para que a liminar fosse acatada, sem o recurso, dados por André Mendonça, Nunes Marques e Ricardo Lewandowski, foram vencidos. Ao menos por enquanto, estão na disputa pelo Governo, além do próprio Ivo, o atual governador, Marcos Rocha, que vai à reeleição; o senador Marcos Rogério; o deputado Léo Moraes; o ex-governador Daniel Pereira; o representante do PSOL, Pimenta de Rondônia e o candidato do Agir, o Comendador Valclei Queiroz. Ou seja, para os aliados e partidários de Ivo Cassol, será mais um dia de espera e sofrimento e para seus adversários, a expectativa de que ele possa ficar fora da disputa, até porque se tornou famosa a afirmação: “a eleição sem Cassol é uma; com ele, é outra, muito diferente”!

SÓ A TOTAL INSANIDADE EXPLICA QUEM ACHA QUE AS COISAS DA POLÍTICA SÃO EXATAMENTE O QUE PARECEM

Doidice, doideira, maluquice, louquice, insanidade, piração, delírio, desvario, demência, desatino, alucinação, alienação, distúrbio, insânia. O sujeito que acreditar que tudo na política se resume a dois mais dois e que o que está combinado de manhã vale para a tarde, pode ser nomeado com qualquer um dos adjetivos da frase anterior. Só a demência pode explicar alguém que imagine que nada vai mudar, até a 25ª hora, em relação às eleições deste ano. E ainda mais em Rondônia! O União Brasil terá candidato à Presidência, mas o presidente do partido no Estado, o governador Marcos Rocha, vai apoiar Bolsonaro. E, com tantas opções, escolheu um secretário pouco conhecido para ser seu vice.  Marcos Rogério fez de tudo para ter Expedito Júnior como seu candidato ao Senado, mas acabou fechando com Jaime Bagattoli. Ivo Cassol estava fora da eleição e agora está dentro, embora nova decisão esteja programada no STF para a sexta-feira que está chegando. Expedito Júnior estava fora, entrou, saiu, entrou, saiu e agora entrou de novo. Vinicius Miguel era candidato ao Governo e Daniel Pereira ao Senado. Agora, Daniel vai ao Governo e Vinicius à Câmara Federal. Ou seja, quem achar que entende a complexidade da corrida eleitoral rondoniense pode ser jogado numa cela de hospício com, pelo menos, três camisas de força a amarrá-lo!

“ELE VOLTOU, O EXPEDITO VOLTOU NOVAMENTE, PARTIU DA POLÍTICA TÃO CONTENTE, PORQUE RAZÃO QUIS VOLTAR?”

Os mais velhos se lembram da inesquecível música de Nelson Gonçalves, que encantou gerações.  “A Volta do Boêmio”, no caso de Expedito Júnior, tem que ser trocada por “A Volta do Candidato”. Desde o início das movimentações da política, se havia alguém que era candidatíssimo era ele. Desde o começo, sua preferência era pelo Senado. Estava, aliás, fechadíssimo com Marcos Rogério e o grupo político que ambos faziam parte desde a última eleição, em 2018. Faltou combinar com os russos, como diria o famoso Garrincha. O PL nacional não seguiu o caminho acertado em Rondônia e, ao invés de Expedito, Rogério teve que fechar com o empresário Jaime Bagattoli. Expedito não gostou, engoliu em seco, mas tocou em frente. A partir daí, uma série de eventos – incluindo um momento de relação tumultuada com seu filho, o deputado federal Expedito Netto – levou Expedito a procurar este Blog para, em primeira mão, anunciar que não seria mais candidato. Jurou que estava desgostoso com o momento da política e que, por enquanto, iria se dedicar à família e, principalmente, à sua neta Cecília. Há quatro dias atrás, reafirmava tudo, com todas as letras. Há três dias atrás, era pressionado por seu filho e pelo candidato do Podemos, Léo Moraes e seu grupo político, a voltar atrás. Há 48 horas, Expedito negava com todas as forças que iria participar do pleito. A nova mudança, aconteceu nas 24 horas anteriores ao retorno do retorno...

AO LADO DE ANDREY CAVALCANTE, EXPEDITO ENTRA NA BRIGA CONTRA MARIANA, JAQUELINE, BAGATTOLI E ACIR

Na noite da segunda-feira, Expedito Netto publicou nas redes sociais um texto comemorando a decisão do pai em topar a disputa ao Senado, na parceria Podemos/PSD. Pouco depois, o próprio Expedito Júnior desmentiu. Mas já sem a convicção de antes. Disse que teria ainda uma reunião em família, para ver se voltava atrás ou não. Na manhã da terça-feira, ele avisou que entraria na disputa. Traria consigo, como seu primeiro suplente, o conhecido advogado Andrey Cavalcante, que, em sua história, tem, entre outros importantes registros, ter sido duas vezes presidente da OAB rondoniense, com mandatos sempre elogiados por seus companheiros de profissão e por todos os setores da sociedade. Na manhã desta quarta, no escritório de Andrey, no centro da Capital, a dupla anunciou oficialmente a decisão, num encontro com jornalistas. Presentes também o candidato L´weo Moraes; o presidente regional do PSD, Expedito Netto e o deputado estadual Laerte Gomes, ex-presidente da Assembleia e candidatíssimo à reeleição, entre outros convidados. Expedito entra agora numa disputa acirrada contra personagens da maior importância para a política rondoniense, como Mariana Carvalho, Jaqueline Cassol, Bagattoli e Acir Gurgacz, entre outros. A neta Cecília terá que esperar um pouco mais por uma convivência mais próximo ao avô. Desta vez, ao que parece, Expedito Júnior não volta mais atrás. Ele disputa mesmo o Senado.

LÉO DIZ QUE CARLOS MAGNO NÃO FOI TIRADO DA RELAÇÃO DE CANDIDATOS "PORQUE NUNCA HAVIA ENTRADO NELA"!

Um dia em baixa. No outro, em alta. São assim as coisas da política. Na segunda-feira e na terça, o candidato ao Governo Léo Moraes foi alvo de duras críticas, nas redes sociais, pela decisão que ele tomou de excluir da relação de candidatos à Assembleia o nome do ex-deputado federal e ex-chefe da Casa Civil, Carlos Magno, que era considerado um dos nomes mais quentes do partido para chegar a uma cadeira ao parlamento estadual. Léo negou. Disse que “ele não foi retirado, porque não fora incluído. A versão contada por ele e alimentada” por jornalistas e nas redes sociais, segundo o presidente regional do Podemos, “não é verdadeira”.  Para Léo Moraes, Magno entrou no partido “ciente de que a escolha passaria pela decisão dos pré-candidatos. Qualquer coisa fora disso, é falácia.” O assunto explodiu nas redes sociais, causando mal-estar no grupo político de Moraes e a ele mesmo. As coisas pareciam complicadas, também porque não havia mais certeza de que a aliança com o PSD seria confirmada. O partido, que havia combinado dar o nome do vice na chapa de Léo, estava também conversando com Ivo Cassol. Chegou a haver comentários de bastidores de que Expedito Júnior poderia ser convidado para ser o vice na chapa encabeçada por Cassol. Na madrugada da terça-feira, as coisas começaram a melhorar para o lado do Podemos. Não só foi fechada a parceria com o partido presidido por Expedito Netto, como o ex-senador Expedito Júnior aceitou ser o candidato ao Senado pelo grupo. Falta apenas o nome do vice, para fechar todo o pacote.

DEZ VEZ EM QUANDO A POLÍCIA GANHA DOS BANDIDÕES: AÇÃO PARA TENTAR SOLTAR MARCOLA E OUTROS LÍDERES DO PCC É UM EXEMPLO

Criam-se leis pífias, estruturas pífias, ideologias que ajudam a proteger criminosos e, depois, desesperadas, as autoridades policiais saem à cata dos bandidos, tentando prendê-los de novo, para que, dias depois, eles estejam nas ruas outra vez. Há exceções neste contexto. A alta bandidagem que está presa em Presídios Federais, ao menos até agora, não conseguiu usufruir de todas as vantagens que o crime tem neste país em que ser uma pessoa de bem é apenas o risco de torná-la vítima. Felizmente, nesta semana, houve uma importante vitória das forças federais, com aval da mais verdadeira Justiça, desmantelando um plano de resgate de perigosos facínoras que, num país sério, se teria certeza de que apodreceriam atrás das grades. O plano dos bandidos era não só resgatar presos perigosos, como Marcos Camacho, o Marcola, que está preso em Porto Velho, como outros líderes do PCC, em cadeias federais, como sequestrar autoridades, para trocá-las por outros criminosos presos. Mais de 80 policiais federais participaram da ação, que teve, entre outras ações, a prisão de quatro advogados, que, caso se comprovem as acusações, intermediavam as negociações entre os presos e seus parceiros que planejavam os ataques. O Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho, são as duas principais organizações criminosas do país. Mandam e desmandam dentro dos presídios e escolhem quem vive e quem morre fora deles. São extremamente organizados, com uma hierarquia sólida e muito bem armados. O Estado, com suas leis enganosas, permitiu que a situação chegasse a este estágio. Agora, talvez seja tarde demais para conter tantos crimes e tantos criminosos. Mas, é bom que de vez em quando os bandidos percam...

PLANO DE GOVERNO: ROCHA ANUNCIA HEURO, CONCURSO DA EDUCAÇÃO, SALTO NA QUALIDADE DA SEGURANÇA E AVANÇOS IMPORTANTES NA ECONOMIA

O primeiro plano de Governo apresentado à Justiça Eleitoral foi o de Marcos Rocha. Basicamente, são oito projetos básicos para um segundo mandato, destacando-se por exemplo, na área da saúde, a construção do Hospital de Urgência e Emergência, o Heuro. Também estão neste pacote de propostas, estão oberas como a construção do Hospital Regional de Guajará Mirim e reformas nos hospitais Cemetron e no Cosme e Damião. Na educação, uma das principais iniciativas será a realização de um concurso para contratação de professores e técnicos. A criação de um novo currículo para o ensino estadual, embora sem maiores detalhes, é mais um passo para a consolidação da melhoria do ensino médio. Destaca-se, também, no projeto para um eventual segundo mandato, pesados investimentos, na tentativa, segundo o documento, de transformar Rondônia no Estado mais seguro da região norte. Rocha abordou também as questões da economia. Um pacote de medidas e de projetos, alguns atualizados, outros novos, pretende colocar Rondônia como um dos dez Estados mais competitivos do país.  Na área de estradas e rodovias, entre outros projetos, está a de recuperar a pavimentação da Rodovia do Boi e dar atenção especial a todas as demais estradas estaduais, sob responsabilidade do DER. Nas intenções para a construção de um possível novo mandato, Rocha destaca ainda articulações com o governo federal para construção da ponte binacional, em Guajará Mirim.

PERGUNTINHA

Você está sentindo no bolso a queda da inflação, que no mês de julho foi de menos 0,63 por cento ou ainda considera que esta melhoria está longe de chegar à sua mesa e da sua família?

Comentários

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    edgard feitosa 11/08/2022

    qualquer remelento que for ao mercado, constata que os índices que nos "engabelam" sobre a inflação, nada tem a ver com os REAIS preços; a inflação foi negativa de 0,68%: qual o reflexo sobre a cesta básica???? sobre o trigo??? sobre os remédios??? querer cantar em versos e prosa a deflação ocorrida agora, é não conhecer noções básicas de macroeconomia; primeiro: essa deflação resultou em um "artifício de estupro à Constituição", quando se aprovou, por PURO MOTIVO ELEITOREIRO , uma PEC, "tabelando ICMS" (competência dos Estados); claro, beneficiou a "classe média" no item combustível, mas hoje temos o LEITE DAS CRIANÇAS MAIS CARO QUE A GASOLINA, E ISSO PORQUE O BRASIL TEM UM REBANHO MAIOR QUE A POPULAÇÃO (por demais óbvio, pois nessa conta está o "GADO BOLSONARISTA"); segundo, toda essa "farra" tem data marcada até dezembro de 2022; terceiro, a deflação é nociva à economia, uma vez que terá como consequência a desaceleração tanto de investimentos quanto da produção, conduzindo à estagnação, e sérios reflexos no desemprego; evidente, que não propugnamos a inflação ou superinflação, mas deflação, é como uma "infecção incubada" , quando "explode no corpo", produz sérios estragos; Luís XV sentenciou: "depois de mim o dilúvio", tendo como consequência de sua indiferença a guilhotina para Luís XVI"; assim SÂO todos os partidos políticos, de direita, esquerda ou centro, que aprovaram essa aberração; en passant, BOLSONARO VETOU O REAJUSTE DE VERBA DA MERENDA ESCOLAR.....Jesus, o Cristo, multiplicava os pães, e dizia Vinde a mim as crianças; bostanaro, que "arrota" ter deus no coração, pouca se importa com a MERENDA DAS CRIANÇAS.....

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