Nove conselheiros tutelares têm candidaturas impugnadas no Rio
Foram constatadas práticas vedadas aos candidatos no decorrer da campanha eleitoral
Tomaz Silva/Agência Brasil
Nove candidatos eleitos conselheiros tutelares para o município do Rio de Janeiro no pleito realizado em 6 de outubro tiveram as candidaturas impugnadas, após análise do Ministério Público (MP) e da Comissão Eleitoral. A decisão e os nomes dos candidatos impugnados foram publicados nesta segunda-feira (14) no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro.
De acordo com a publicação, foram constatadas práticas vedadas aos candidatos no decorrer da campanha eleitoral. Os motivos das impugnações são: boca de urna, campanha indevida no dia da eleição, compra de votos, uso de poder econômico através de políticos, além de um dos candidatos ter concorrido simultaneamente aos conselhos tutelares do Rio e de Belford Roxo.
Os candidatos tiveram 48 horas para apresentar defesa. A impugnação ocorreu após a análise das defesas apresentadas pelos candidatos e, segundo o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que organiza as eleições, não cabem mais recursos administrativos, apenas judiciais.
No total, foram nove impugnados, destes, oito constam na lista preliminar de conselheiros eleitos: Fernanda Fonseca e Janaína Alves, no centro; Catia Alvarenga, em Bangu; Danielle Nascimento, em São Conrado; Eliane Caridade, em Guaratiba; Thariane Carvalho; na Ilha do Governador; Sergio Correa, na Zona Sul; Ércio Peçanha Júnior, no Méier; e Carolina Dorigo, em Inhaúma.
O pleito deste ano foi concorrido e polarizado, com o maior número de votantes da história do Rio de Janeiro, de acordo com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Um total de 106.448 eleitores foram às urnas, mais do que o dobro da eleição anterior, realizada em 2015. Em todo o estado, o MP recebeu 113 denúncias de irregularidades no dia da eleição. Os conselheiros eleitos vão atuar no mandato 2020-2023.
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