Novembro Azul: câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens e evolui silenciosamente

Ausência de sintomas no estágio inicial da doença alerta para a importância de exames e diagnóstico precoce. Grupos de maior risco são indivíduos da raça negra ou com histórico familiar de câncer de próstata.

Assessoria - Wanessa Miranda
Publicada em 22 de novembro de 2018 às 10:27
Novembro Azul: câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens e evolui silenciosamente

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, responsável pela secreção de substâncias que constituem o sêmen. Além de doenças benignas, ela pode ser acometida por câncer. De acordo com o INCA, Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens - atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. Além disso, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 3/4 acontecem a partir dos 65 anos.

Segundo o Dr. Caio Cintra, urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, por se tratar de uma doença normalmente sem sintomas nos estágios iniciais - justamente quando a chance de cura é alta - o rastreamento e o diagnóstico precoce são fundamentais para um tratamento bem-sucedido. “Ao invés de outras condições benignas que acometem a próstata e que normalmente se manifestam por meio de alterações urinárias, o câncer costuma ter evolução silenciosa e, se descoberto em estágio elevado, dificulta o sucesso no tratamento”, conta.

Desta forma, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens, a partir dos 45 anos de idade, façam os exames de rastreamento uma vez por ano. “Com exceção de indivíduos da raça negra ou com parentes de primeiro grau que tiveram a doença, pois constituem grupos de risco para a ocorrência e desenvolvimento. A recomendação nestes casos é que inicie um pouco antes, aos 40 anos”, ressalta o urologista. Os principais fatores de risco para o câncer de próstata são obesidade, níveis elevados de gorduras no sangue - como colesterol e triglicérides, consumo exagerado de alimentos gordurosos e predisposição genética.

Para detectar a doença, as avaliações mais comuns são o exame físico (toque retal) e de sangue (antígeno específico da próstata, conhecido como PSA). Só após esses resultados é avaliada a necessidade ou não de prosseguir com a investigação, que vai afastar ou comprovar a existência do câncer. “É importante reforçar que o diagnóstico preciso só é possível por meio do exame digital, uma vez que cerca de 20% dos tumores podem não ser detectados pela amostra de sangue (PSA)”, explica o médico.

A boa notícia é que novas tecnologias têm sido incorporadas no rastreamento e tratamento do câncer de próstata. “Hoje em dia, contamos com o exame de ressonância nuclear magnética multiparamétrica de próstata e biópsias por fusão de imagem, que têm ajudado a selecionar candidatos reais à investigação invasiva e a indicar o melhor tratamento com diagnóstico preciso. Além disso, novas modalidades de quimioterapia e hormonioterapia oral têm sido utilizadas para tratar a doença, melhorando os índices de resposta e sobrevida”, finaliza o especialista.

Rede de Hospitais São Camilo 

A Rede de Hospitais São Camilo é composta por quatro hospitais modernos em São Paulo. Três ficam nos bairros da Pompeia, Santana e Ipiranga, capacitados para atendimentos eletivos, de emergência e cirurgias de alta complexidade, como transplantes de medula óssea. A quarta Unidade, recém incorporada à Rede, na Granja Viana, recebe 24 horas por dia, pacientes em reabilitação com doenças crônicas ou em cuidados continuados e paliativos. Os serviços contam com equipe interdisciplinar que contempla as áreas de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição Clínica, Serviço Social, Farmácia, Capelania, Psicologia, Hemoterapia, Radiodiagnóstico e Exames Laboratoriais. Em infraestrutura, apresenta a unidade semi-intensiva, sala para hemodiálise e exames diagnósticos. Em 2019, oferecerá as atividades de centro médico com consultas e medicina diagnóstica para todas as idades. Já em 2020, se transformará em hospital geral incluindo o atendimento de urgência e emergência. Excelência médica, qualidade diferenciada no atendimento, segurança, humanização e expertise em gestão hospitalar são os principais pilares de atuação. Hoje, a Rede de Hospitais São Camilo presta atendimento em mais de 60 especialidades, oferece ao todo 736 leitos e um quadro clínico de mais de 3,7 mil médicos qualificados. As unidades possuem importantes acreditações internacionais, como a Joint Commission International (JCI), renomada acreditadora dos Estados Unidos reconhecida mundialmente no setor e a Acreditação Internacional Canadense. A Rede de Hospitais São Camilo faz parte da Sociedade Beneficente São Camilo, uma das entidades que compreende a Ordem dos Ministros dos Enfermos (Camilianos), uma entidade religiosa presente em mais de 30 países, fundada pelo italiano Camilo de Lellis, há mais de 400 anos. No Brasil, desde 1928, a Rede conta com expertise e a tradição em saúde e gestão hospitalar.

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