O aumento no preço dos alimentos está em disparada, aponta pesquisa
Dados divulgados pelo IBGE mostram que alimentos básicos como óleo e arroz estão até 80% mais caros e uma das justificativas é a desvalorização do real
Manter a despensa cheia na casa dos brasileiros está sendo uma tarefa muito difícil atualmente. Isso porque a alta no preço dos alimentos e bebidas, principalmente, tem influenciado no bolso das famílias brasileiras, aumentando a fome e a pobreza no país.
Muitas pesquisas estão sendo feitas a partir desta situação, analisando os motivos para a mudança nos preços e formas de conter isso. A justificativa é a desvalorização do real em relação ao dólar, as mudanças nos hábitos de consumo e o aumento da inflação, que piorou com a crise econômica advinda pela pandemia de covid-19.
De acordo com Patrícia Costa, economista e coordenadora de uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a desvalorização do real é um atrativo para exportação, o que afeta significativamente a Lei da oferta e demanda. Isto porque, com a exportação, há pouca oferta para muita demanda, fazendo com que o preço seja alterado, impactando na inflação.
A alta da gasolina e da energia elétrica também influenciam. Segundo dados divulgados pelo IBGE, a gasolina subiu 2,80% de julho para agosto deste ano e teve o maior impacto individual no índice do mês. O etanol subiu 4,50% em relação ao mês anterior. Já a energia elétrica, teve uma alta de 7,88% em julho deste ano, adicionando, em São Paulo por exemplo, R$9,49 a cada 100kWh consumidos.
Nos mesmos dados divulgados, foi constatado que o arroz ficou 69,80% mais caro e o óleo de soja subiu 87,89%. Isso mostra que é praticamente inviável manter os custos básicos de alimentação, considerando o salário-mínimo vigente no país. Hoje, o trabalhador gasta, em média, mais de 50% do seu salário-mínimo para as suas despesas fundamentais. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica do DIEESE, o salário-mínimo necessário para os custos principais de um trabalhador e sua família teria que ser de R$5.351,11, o que é bem discrepante do mínimo oficial.
O valor da cesta básica já não pode ser pago como antes, considerando que os alimentos estão muito mais altos hoje.
Ainda que haja políticas públicas e auxílios provindos do Governo, não são suficientes para conter a situação de um país que vive um momento de alto desemprego, inflação disparada e vulnerabilidade social. Refletir sobre a Lei da oferta e demanda e políticas agrícolas no país podem ser um caminho atraente para a queda dos preços e para a busca de uma estabilização. Projetos de Lei também têm sido discutidos no Congresso Nacional, a fim de não prejudicar famílias mais carentes e suscetíveis à fome durante o período de pandemia.
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