O que devemos esperar do novo presidente da Câmara?

Que Deus abençoe o presidente Márcio Pacele para que ele possa realizar uma administração séria, transparente e humana

Valdemir Caldas
Publicada em 02 de janeiro de 2023 às 16:08
O que devemos esperar do novo presidente da Câmara?

Márcio Pacele Vieira da Silva assume a presidência da Câmara Municipal de Porto Velho no próximo dia 1 de janeiro, domingo, às nove horas, em solenidade que acontecerá no Plenário Bohemundo Álvares Afonso, para um mandato de dois anos, função para a qual foi eleito em janeiro de 2021, quando também foi eleita a atual mesa diretora, presidida pelo vereador Edwilson Negreiros, cujo mandato chega ao fim no dia 31 de dezembro de 2022.

O clima com a chegada do novo presidente é de expectativa, principalmente entre os servidores efetivos, hoje em torno de oitenta. Já os comissionados...!  Márcio já deixou claro que manterá uma relação amistosa com o poder executivo. E não poderia ser diferente. Afinal, os poderes precisam andar juntos, atuando de maneira harmoniosa, sem, contudo, extrapolar suas prerrogativas constitucionais.

A ninguém é licito ignorar serem grandes os desafios do novo presidente. Para isso, ele vai precisar, entre outras coisas, cerca-se de uma boa equipe de colaboradores. Afinal, não deve ser tarefa fácil comandar uma instituição com interesses complexos e difusos como é o caso da Câmara Municipal. Até onde se sabe, Márcio não terá problemas financeiros, uma vez que o orçamento do poder legislativo para 2023 é de R$ 59.724.731.

E o que esperam os servidores do novo presidente? Com tanto dinheiro em caixa, se não todos, mas, com certeza, a maioria da categoria espera que Pacele coloque em prática antigas reivindicações, como a implantação da tabela salarial relativa ao Grupo Ocupacional Apoio Técnico Administrativo em Nível Médio, constante do anexo I – C, da Lei Complementar nº. 710/2018. Existe, também, a esperança de que o novo presidente crie um programa de aposentadoria incentivada para os servidores que já cumpriram as condições para se aposentar, entre outros direitos do funcionalismo.

O novo presidente vai precisar blindar o seu coração contra a sanha malévola dos fofoqueiros, dos portadores de “boas notícias, chefe”, dos aproveitadores de plantão, que só sabem viver voejando à sombra do poder e, principalmente, daqueles que vão fazer de tudo para lhe tirar dos olhos a imagem realista do poder legislativo municipal, onde uns poucos são beneficiados, em detrimento da grande maioria. Que Deus abençoe o presidente Márcio Pacele para que ele possa realizar uma administração séria, transparente e humana.

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