Torcedores do Barcelona e amantes do futebol em geral tentam entender o porquê da suspensão da segunda e decisiva partida da final do Campeonato Rondoniense 2018.
 
A suspensão da partida ocorreu por meio de Portaria publicada pela FFER na manhã de quarta-feira, no seu site oficial. A Portaria 006 trás duas justificativas para a suspensão do jogo: a primeira expõe que o clube mandante não conseguiu os laudos técnicos para a liberação do estádio onde ocorreria o jogo. E a segunda que a FFER não permite a realização de jogos sem a emissão dos laudos.
 
Ocorre que a apresentação dos laudos técnicos é de responsabilidade do clube mandante, conforme reza o Art. 12º do Regulamento Geral das Competições (RGC) - Os estádios utilizados pelos clubes nas competições deverão estar em dia com os laudos técnicos previstos por lei, quais sejam, Policia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e CREA, remetendo-os com antecedência de 15 (quinze) dias da data original da partida ao Departamento Técnico da FFER.

Caso não sejam apresentados os laudos dentro do prazo legal, o que já aconteceu este ano com Estádio Gentil Valério em jogo da Série D do Brasileiro contra o Nacional-AM, o que é comum é a realização da partida com portões fechados, sem a presença da torcida. O que era plausível neste caso, já que a diretoria do Real pressionou a FFER para que o jogo fosse na quarta-feira, 30, mesmo com os laudos já vencidos deste o dia 23. Por quê? Porque o time do Barcelona chegaria cansado da longa e exaustiva viagem até Tucuruí-PA?  O jogo foi marcado para o sábado, 02, e a pressa do Real passou.
 
Ainda sobre a responsabilidade do clube nas emissões dos laudos, há algo mais grave em caso de descumprimento, como previsto no Capítulo IV do RGC no § 6º aonde se ler: - Caso a não realização da partida ocorra por má condição da praça esportiva, ou sua não adequação momentânea para a realização da mesma, bem como não atendimento da Legislação vigente, o clube mandante, por indicar o local, será responsabilizada, sendo computado para resultado o placar de 3 a 0 (três a zero) em favor do clube visitante.
 
O REC no seu Art. 13º, diz que: - Qualquer mudança de data e horário constante na tabela do campeonato só poderá ser efetuada por solicitação do clube mandante, protocolando oficio com motivo justificado e com 10 (dez) dias de antecedência da realização da partida e o Departamento Técnico apreciará, podendo ou não, ser atendida a referida solicitação.
 
Isso não foi obedecido. A decisão de suspender a partida, ao menos oficialmente, partiu da FFER que tem respaldo no Art. 13º da RGC que reza: - Em todas as competições, as datas, horários e locais poderão sofrer alterações: I. Por determinação do Departamento de Competições da FFER, que expedirá a respectiva Informação de Modificação de Tabela – IMT.
 
A justificativa para a decisão veio em nota em seu site oficial: “Por se tratar de uma final de campeonato, envolvendo torcedores, jogadores e a perspectiva de uma grande festa, a FFER decidiu suspender o jogo dentro das determinações legais e, inclusive, dentro da previsão de encerramento do campeonato.”
 
A suspensão do jogo obrigou a diretoria da equipe de Vilhena mudar o planejamento. O time que embarcaria para Ariquemes na quinta-feira, permaneceu em Vilhena treinando. Ontem, fez um jogo treino com o Sub-20 do Vilhenense e venceu por 2 a 0.
 
Uma fonte de dentro do clube revelou que há uma preocupação pela demora da realização do jogo, por que os contratos de alguns jogadores se encerram nos próximos dias. E talvez seja preciso negociar uma prorrogação.  Aguardemos.