O retrato de uma cidade inacessível

A bem da verdade há espaços definidos par tais grupos, mas paralelo com isso há absurdos imensos que desafiam a paciência de quem precisa deles.

Lúcio Albuquerque
Publicada em 02 de maio de 2017 às 14:29

    Exibindo rampa.jpg        Cadeirantes, cegos, idosos, portadores de deficiências momentâneas e outros que precisem de espaços diferenciados para se deslocarem nesta cidade, seja numa calçada ou de um para outro lado da rua, encontram todos os tipos de obstáculos, menos rampas ou corredores identificados corretamente, conforme diz a Lei.

            Isso apesar de existirem vários órgãos públicos, de gestão ou não, caso do MP que tem uma promotoria de Urbanismo,  responsáveis pela implementação desses espaços, mas afora reuniões logo divulgadas com suas decisões e ameaças de ação, além de seguidos anúncios de que vão fazer e acontecer, pelo visto ninguém passa daí.

            A bem da verdade há espaços definidos par tais grupos, mas paralelo com isso há absurdos imensos que desafiam a paciência de quem precisa deles, e até de quem não precisa mas imagina que se é direito de alguém isso deve ser cumprido.

            Um dos casos fácil de verificar de que algo está errado fica na Júlio de Castilho, em frente de casas de militares, onde foi colocada uma passarela própria para guiar cegos, só com alguns problemas sérios, um deles causado por uma das árvores ali existentes, porque sua raiz está levantando a calçada.

            No mesmo local as lixeiras são um convite a que uma pessoa cega dê uma “trombada” com elas, porque o espaço entre a caixa da lixeira e a passarela sinalizada é tão pequeno que fica difícil imaginar que alguém, tateando, consiga passar sem bater com a ferragem.

            Quem precisa de espaço especial para cruzar a Carlos Gomes na esquina da José de Alencar, pode usar a rampa da Caixa Econômica, mas do outro lado não há qualquer tipo de espaço específico, o mesmo acontecendo pouco antes do semáforo da mesma esquina onde só há uma rampa e, do outro lado, apenas um degrau.

            Seguindo a linha do “ir do nada a lugar nenhum”, muitos outros casos acontecem da existência de rampas apenas de um lado, como se do outro tivesse um elevador ou alguém pronto sempre para erguer o cadeirante ou evitar que o deficiente visual tropece. OU simplesmente esses espaços não estão previstos ainda que haja legislação que trata do assunto mas, como outras em benefício do cidadão, não são obedecidas, e nem seus responsáveis cobrados como deveriam.

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