OAB e entidades de classe repudiam assassinato de jornalista em Maricá
O site Lei Seca Maricá, que tem mais de 90 mil seguidores, informa sobre as condições do trânsito nas rodovias estaduais da região.
Romário foi morto na noite desta terça - Arquivo Pessoal
As entidades de classe dos jornalistas e a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Maricá, pediram às forças de segurança do estado do Rio de Janeiro “empenho máximo” no esclarecimento da morte do jornalista Romário da Silva Barros, do site Lei Seca Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, assassinado ontem (18) à noite. Ele retornava de uma caminhada com um amigo quando foi morto com quatro tiros à queima-roupa, por um homem que estava no banco do carona de um carro. No local do crime, a perícia técnica não encontrou cápsulas deflagradas, o que leva a hipótese de que os disparos tenham sido feitos de revólver, uma vez que cápsulas desse tipo de arma ficam acondicionadas no tambor após os disparos.
O site Lei Seca Maricá, que tem mais de 90 mil seguidores, informa sobre as condições do trânsito nas rodovias estaduais da região.
Romário foi o segundo jornalista assassinado em Maricá, em menos de um mês. Na noite do dia 25 de maio último, Robson Giorno, do jornal O Maricá, foi morto a tiros, disparados por um homem encapuzado, na porta de sua residência.
Entidades
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) defendeu que a investigação de ambos os assassinatos deve ter como ponto de partida o exercício profissional. “É preciso empenho para que os culpados sejam identificados e punidos. Exigimos das autoridades competentes celeridade na apuração dos casos, para que a população de Maricá e, em especial, os familiares dos jornalistas e a categoria possam ter uma resposta do estado”, disse a entidade em nota.
A Fenaj lembrou que a maior parte dos assassinatos de jornalistas fica impune, “e que a impunidade é o combustível da violência contra os profissionais”. A entidade máxima de representação dos jornalistas disse ainda que toda violência contra os profissionais caracteriza-se como atentado à liberdade de imprensa e, consequentemente, como cerceamento ao direito do cidadão e da cidadã brasileiros de ter acesso à informação jornalística.
Em nota oficial, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro disse que o assassinato do profissional “se soma à preocupante e deplorável estatística de jornalistas mortos no Estado do Rio de Janeiro e no país”.
Assim como a Fenaj, o sindicato “pede aos órgãos de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e às autoridades constituídas que tomem urgentes providências para elucidar este abominável crime”.
OAB
A diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Maricá, também divulgou nota oficial sobre o segundo assassinato de um jornalista na cidade de Maricá. A entidade lamentou o falecimento do jornalista. “Romário era um jovem jornalista, muito querido pelos seus pares e sociedade maricaense. Diante do lamentável acontecimento, a OAB/Maricá encaminha as condolências institucionais ao tempo em que se solidariza com a família enlutada e com os amigos do falecido jornalista, nesse momento de dor e saudade”.
“De logo, a OAB/Maricá exige das autoridades a tomada das providências cabíveis para elucidação do fato e punição exemplar dos culpados, nos termos da lei vigente”.
Petróleo
Maricá é o município que mais arrecada em royalties de petróleo no Brasil. O valor do repasse feito pela União em 2018, até o fim de outubro, chegou a R$ 1,02 bilhão.
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