Ocupação no mercado de trabalho mantém-se estável, aponta IBGE

A força de trabalho - pessoas ocupadas e desocupadas - no trimestre de março a maio de 2018 foi estimado em 104,1 milhões de pessoas.

Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 29 de junho de 2018 às 11:24
Ocupação no mercado de trabalho mantém-se estável, aponta IBGE

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que o nível de ocupação do mercado de trabalho no país fechou maio último em 53,6%, uma redução de 0,3 ponto percentual frente ao trimestre anterior, quando o nível foi de 53,9%.

A força de trabalho - pessoas ocupadas e desocupadas - no trimestre de março a maio de 2018 foi estimado em 104,1 milhões de pessoas. Essa população permaneceu estável quando comparada com o trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve expansão de 0,6%, com acréscimo de 663 mil pessoas.

Já o contingente de pessoas fora da força de trabalho, no trimestre de março a maio de 2018, foi estimado em 65,4 milhões, um aumento de 475 mil pessoas (0,7%) comparada com o trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior houve expansão de 1,6%, um acréscimo de mais de 1 milhão de pessoas.

Carteira assinada

Os dados da Pnad Contínua indicam que o número de empregados com carteira de trabalho assinada fechou o trimestre encerrado em maio em 32,8 milhões de pessoas, uma queda de 1,1% frente ao trimestre anterior.

Já no confronto com o mesmo trimestre do ano passado, o trabalho formal voltou a cair, fechando este último trimestre em menos 1,5%, o equivalente a menos 483 mil pessoas.

Na avaliação do coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, essa variação negativa chama a atenção, uma vez que significa queda na qualidade do emprego. “A redução dos postos de trabalho com carteira assinada não está alinhada com a estabilidade na taxa de desocupação. Ela indica uma redução significativa do emprego com qualidade, que permanece em queda no início do segundo trimestre do ano”.

Os trabalhadores domésticos tiveram redução de 2,5% no número de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior. Já o serviço público teve aumento de 290 mil postos de trabalho, uma alta de 2,6%. Entre os grupamentos de atividade, apenas a administração pública teve aumento de 2,7%. Os setores de comércio fecharam o trimestre encerrado em maio em menos 1,5%, informação e comunicação, menos 2,1%, e serviços domésticos menos 3%. Os demais grupos ficaram estáveis no período.

É exatamente essa queda no número de empregos formais que justifica o aumento da informalidade da mão de obra, diz o estudo. Os dados da Pnad Contínua indicam que o número de empregados sem carteira de trabalho assinada fechou o trimestre encerrado em maio em 11,1 milhões de pessoas, um crescimento de 2,9% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, esse crescimento da informalidade no emprego foi ainda maior, 5,7%, mais 597 mil pessoas.

Já a categoria dos trabalhadores por conta própria ficou em 22,9 milhões de pessoas, mostrando estabilidade na comparação com o trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. Em relação ao mesmo período do ano anterior, no entanto, houve alta de 2,5%, mais 568 mil pessoas.

Rendimento e massa salarial

O rendimento médio habitual do trabalhador brasileiro fechou o trimestre março/maio em R$ 2.187, ficando estável frente ao trimestre anterior e em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Já a massa de rendimento real habitual do país ficou em R$ 193,9 bilhões, apresentando estabilidade em todas as comparações.

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