Operação Outliers: Quatro servidores presos e ex-assessor de deputado foragido

Um dos alvos da operação era ex-servidor comissionado do deputado estadual Edevaldo Neves, que sofreu buscas em seu gabinete na Assembleia legislativa

Tudorondonia
Publicada em 27 de junho de 2023 às 13:27
Operação Outliers: Quatro servidores presos e ex-assessor de deputado foragido

Porto Velho, Rondônia - Na manhã desta terça-feira (27), quatro servidores públicos municipais foram presos durante a Operação Outliers, realizada pela Polícia Civil em parceria com a Prefeitura de Porto Velho e o Ministério Público de Rondônia O objetivo da operação na capital era cumprir cinco mandados de prisão contra um servidor estatutário e quatro comissionados.

A operação foi deflagrada em outros municípios do Estado pelo mesmo motivo: denúncia de corrupção envolvendo empresários e servidores públicos.

As autoridades, incluindo os delegados Yuri Medeiros Brasileiro, Lawrence Lachi e o prefeito Hildon Chaves, revelaram em coletiva de imprensa , na manhã desta terça, que os acusados fazem parte de um grupo criminoso envolvido em cobrança de propinas a empresários e superfaturamento em compras de peças para veículos da frota municipal.

As investigações, conduzidas pela Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (DRACO) e Delegacia de Repressão a Lavagem de Dinheiro (DRLV), desvendaram que o esquema de corrupção estava ligado a empresários encarregados da venda de peças e manutenção dos veículos oficiais.

Um dos alvos da operação era ex-servidor comissionado do deputado estadual Edevaldo Neves, que sofreu buscas em seu gabinete na Assembleia legislativa. Os agentes da polícia foram ao gabinete do deputado em busca do suspeito, no entanto, o acusado não foi encontrado e atualmente é considerado foragido.

Os servidores investigados operavam dentro da Superintendência de Gastos Públicos - SGP, cobrando uma taxa de propina de 10% sobre o valor das ordens de serviço dos empresários que participavam do esquema. Os valores adquiridos ilicitamente eram então repassados para contas de terceiros indicadas pelos servidores.

Conforme apurado até o momento, o esquema de corrupção resultou em um gasto de aproximadamente R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) pelo município de Porto Velho com as sete empresas que mais contratou nos últimos quatro anos.

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