Paciente oncológico deve manter isolamento e continuar tratamento, orienta professor da Unifesp
O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta que adiamento dos cuidados pode ser prejudicial
Ramon Andrade de Mello
A retomada das atividades cotidianas, com a redução das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, deve ser vista com muita cautela por pacientes com algumas doenças. “Os pacientes com diagnóstico ou em tratamento contra o câncer devem seguir as orientações clínicas e ficar em isolamento social. No entanto, eles precisam manter o acompanhamento médico e manter a quimioterapia ou outro tratamento indicado pelo especialista”, orienta Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
O medo do novo coronavírus provocou mudanças na procura por diagnóstico e tratamento de tumores cancerígenos. O número de exames, por exemplo, apresentou queda de aproximadamente 80% entre fevereiro e março, segundo pesquisa da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). O levantamento mostra ainda que as cirurgias caíram pela metade e as clínicas de diagnóstico por imagem tiveram 70% de redução na realização de exames nesse período.
“Quanto mais precoce for o diagnóstico de um tumor cancerígeno e o início do tratamento, melhores são as chances de resultado positivo para o paciente. Mesmo com a pandemia, o câncer deve ser encarado como emergência”, explica o professor da Unifesp. Segundo ele, qualquer possibilidade de adiamento deve ser conversada com o médico que acompanha o paciente: “Cada caso depende da avaliação do especialista. Pode ser até possível adiar uma cirurgia ou o início de uma quimioterapia, mas estamos falando de câncer e três meses fazem uma grande diferença”.
Sobre Ramon Andrade de Mello
Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).
O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO).
O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).
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