Paradeiro incerto: estaria o governador Marcos Rocha refugiado em um bunker em Israel, enquanto Rondônia enfrenta suas próprias guerras?
Enquanto isso, os rondonienses continuam enfrentando os velhos e conhecidos mísseis da violência urbana, do caos na saúde, da instabilidade política e da falta de comando

O governador de Rondônia, coronel da reserva PM Marcos Rocha (União Brasil), tem demonstrado uma curiosa habilidade para estar longe nos momentos mais tensos enfrentados pela população do Estado. Se em janeiro deste ano, durante os ataques orquestrados por facções criminosas que impuseram toques de recolher em diversas cidades rondonienses, ele mostrava coragem à distância — firmemente instalado no Nordeste —, agora, ele se supera: foi parar em plena zona de guerra no Oriente Médio.
Nesta sexta-feira, após ser bombardeado pelo estado judeu, o país dos aiatolás devolveu na mesma moeda. Enquanto o Irã lançava mísseis sobre Tel Aviv e outras regiões de Israel, e o mundo se perguntava se não estaríamos à beira de um conflito internacional de proporções catastróficas, o governador de Rondônia e sua comitiva desfrutavam, às custas do contribuinte, de passagens e diárias que somam R$ 430 mil. Tudo isso sem que, até agora, a população tenha entendido o real objetivo institucional da missão — se é que há algum, além da tentativa de internacionalizar a já conhecida fuga dos problemas locais.
Não há registros oficiais sobre o paradeiro de Marcos Rocha desde a escalada do conflito. Enquanto prefeitos brasileiros que também estão em solo israelense optaram por se abrigar em bunkers por medida de segurança, não se sabe se o governador aderiu à mesma estratégia ou se encontrou refúgio em alguma cafeteria de Jerusalém com wi-fi e vista para os escombros.
Em Rondônia, o caos não tira férias. Nesta mesma sexta-feira 13 — dia naturalmente propício para tragédias —, o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, concedia entrevista bombástica à imprensa local. Acusou o governo de comandar uma estrutura ilegal de espionagem contra adversários políticos, operada dentro da própria Casa Civil com uso de servidores da Polícia Civil, inclusive delegados. O nome do deputado Ribeiro do Sinpol, vice-líder do governo na Assembleia, surgiu como articulador da arapongagem, com poder até para interferir na cúpula da segurança pública.
E o governador? Nada. Nenhuma nota, nenhum vídeo, nenhuma live. Nenhuma pose de herói em campo de batalha, como aquela produzida em janeiro, já de volta a Porto Velho, quando a fumaça dos ataques das facções já havia se dissipado. Na ocasião, Rocha vestiu sua farda de coronel da reserva e surgiu como o caçador que chega depois que a onça já caiu morta.
Agora, resta saber se, diante do fogo cruzado entre Teerã e Tel Aviv, Marcos Rocha permanece firme — de novo, à distância — observando o conflito pela fresta de algum abrigo antiaéreo, como observador neutro da geopolítica mundial, ou encontrará um meio de voltar a Rondônia para trabalhar.
Enquanto isso, os rondonienses continuam enfrentando os velhos e conhecidos mísseis da violência urbana, do caos na saúde, da instabilidade política e da falta de comando.
Não há informações se a próxima viagem será para a Ucrânia. Mas, se houver verba, bunker e wi-fi, tudo é possível.
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Comentários
Com o bombardeio e fogo cruzado em Rondônia, se abrigar em Israel parece que é mais propício para alguns.
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